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Parlamento da Hungria rejeita proibir cotas de refugiados

Numa rara derrota de Orban, a sua proposta para banir o reassentamento de migrantes recebeu pouco menos do que a maioria de dois terços necessária

Refugiados na Hungria: a determinação de Orban para evitar migrantes e refugiados, construindo inclusive uma cerca de arame farpado na fronteira, irrita os seus colegas da UE (REUTERS)

Refugiados na Hungria: a determinação de Orban para evitar migrantes e refugiados, construindo inclusive uma cerca de arame farpado na fronteira, irrita os seus colegas da UE (REUTERS)

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Reuters

Publicado em 8 de novembro de 2016 às 19h10.

Budapeste - O Parlamento da Hungria rejeitou por pequena margem nesta terça-feira um plano do primeiro-ministro Viktor Orban para não aceitar cotas de refugiados da União Europeia (UE), um revés para o líder húngaro que poderia enfraquecê-lo numa briga de longa data com Bruxelas.

Numa rara derrota de Orban no Parlamento, a sua proposta de emenda constitucional para banir o reassentamento de migrantes na Hungria recebeu 131 votos no Parlamento de 199 assentos, pouco menos do que a maioria de dois terços, 133 votos, necessária.

A determinação de Orban para evitar migrantes e refugiados, construindo inclusive uma cerca de arame farpado na fronteira, irrita os seus colegas líderes da União Europeia e complica a situação deles, uma vez que a UE luta para lidar com um fluxo de 1,4 milhão de pessoas desde o início de 2015, muitas vindas de conflitos como a guerra síria.

O partido Jobbik, de extrema-direita, definiu a rejeição do projeto ao boicotar a votação. No entanto, ele apresentou uma saída para Orban, pois disse que iria apoiar a proibição se ele acabasse com um esquema separado que permite que estrangeiros comprem direitos de residência.

Ceder para o Jobbik seria difícil politicamente para o primeiro-ministro. O partido de Orban, o Fidesz, de direita, afirmou que a sua direção se reuniria para discutir o próximo passo.

"Em relação às ideias do Jobbik, nós mantemos o que dissemos antes: não há espaço para chantagem política no caso de um tema nacional", afirmou Zoltan Kovacs, porta-voz do governo, à Reuters.

"Nós vamos falar sobre os próximos passos à luz das decisões tomadas pela presidência do Fidesz."

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