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Parlamento das Filipinas prorroga lei marcial em Mindanao

A lei marcial foi declarada em Mindanau no último dia 23 de maio e foi agora prorrogada por um ano

Filipinas: o período inicial, limitado a 60 dias pela Constituição, foi ampliado em julho (Erik De Castro/Reuters)
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EFE

Publicado em 13 de dezembro de 2017 às 10h50.

Última atualização em 13 de dezembro de 2017 às 11h00.

Bangcoc - O parlamento das Filipinas aprovou nesta quarta-feira em uma sessão plenária de ambas câmaras a prorrogação da lei marcial na região de Mindanau durante um ano, por todo 2018, como tinha solicitado o presidente do país, Rodrigo Duterte.

No total, 226 congressistas votaram em favor e 23 contra a medida, enquanto no Senado o placar foi de 14 a quatro pela aprovação da prorrogação, segundo informou a emissora de televisão "GMA".

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"A segurança cidadã requer indubitavelmente a extensão, não só pela segurança e a ordem pública, mas, mais importante, para permitir ao Governo e ao povo de Mindanau continuar com a enorme tarefa de reabilitar e promover um crescimento socioeconômico estável e o desenvolvimento", declarou Duterte na segunda-feira passada.

A lei marcial foi declarada em Mindanau no último dia 23 de maio, mesmo dia no qual o grupo terrorista Maute, apoiado por jihadistas nacionais e estrangeiros, tomou pelas armas parte da cidade de Marawi, capital da província de Lanao do Sul, em Mindanau.

O período inicial limitado a 60 dias pela Constituição foi ampliado em julho pelo parlamento até o próximo 31 de dezembro.

As forças armadas das Filipinas libertaram a cidade em outubro, após cinco meses de combates que deixaram mais de 1.100 mortos e a quase total destruição da cidade que antes do conflito abrigava 200.000 habitantes.

No entanto, o secretário de Defesa, Delfin Lorenzana, defendeu nesta semana no parlamento, ao apoiar a extensão da lei marcial, que "a rebelião não cessou, apenas mudou de lugar".

Mindanau é palco há décadas de conflitos armados com grupo terroristas, como Maute e Abu Sayyaf, com organizações islâmicas independentistas, como a Frente Moro de Libertação Islâmica, e com rebeldes comunistas, como o Novo Exército do Povo.

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