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Parlamento catalão retoma atividades com separatistas no comando

Nas eleições regionais de 21 de dezembro, os separatistas renovaram sua maioria absoluta, com 70 deputados de 135

Catalunha: nos próximos dias, o Legislativo catalão deve eleger o presidente regional, cargo almejado por Puigdemont (David Ramos/Getty Images)
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AFP

Publicado em 17 de janeiro de 2018 às 10h12.

O Parlamento regional da Catalunha iniciou nesta quarta-feira (17), por volta das 11h locais (8h, horário de Brasília), a plenária de constituição da câmara, mais uma vez dominada pelos partidos separatistas que proclamaram a independência do restante da Espanha em outubro passado.

Nas eleições regionais de 21 de dezembro, os separatistas renovaram sua maioria absoluta, com 70 deputados de 135.

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Apenas oito deles não conseguiram assistir à sessão, porém, por estarem detidos, ou na Bélgica.

Entre eles está o líder separatista Carles Puigdemont, que quer exercer a Presidência a distância, da Bélgica, onde se encontra no momento.

Em seus lugares vazios, seus companheiros colocaram grandes fitas amarelas, que se tornaram símbolo dos separatistas para reivindicar a libertação dos políticos presos e o fim da perseguição judicial contra seus líderes.

"Deveria dizer 'bom dia' ao presidente da Generalitat (o Executivo catalão) e aos membros do governo, mas já viram que não estão aqui", afirmou o separatista Ernest Maragall, discursando na sessão inaugural por ser o deputado mais velho.

"É a primeira vez que uma sessão de constituição de uma legislatura é realizada com o banco do governo vazio", acrescentou.

Hoje, os partidos separatistas conseguiram a presidência da Casa. Nos próximos dias, o Legislativo catalão deve eleger o presidente regional, cargo almejado por Puigdemont.

O deputado Roger Torrent, do partido Esquerra Republicana de Cataluya (ERC), obteve 65 votos contra 56 para o candidato antisecessão.

O Executivo separatista presidido por Puigdemont, que organizou o inconstitucional referendo de autodeterminação de 1º de outubro e levou a região a declarar a secessão em 27 de outubro, foi destituído pelo governo espanhol de Mariano Rajoy.

Dois de seus membros estão em prisão preventiva em Madri, enquanto outros cinco - incluindo Puigdemont - vivem na Bélgica, foragidos da Justiça espanhola.

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