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Parlamentares tentam acordo de última hora sobre dívida dos EUA

As votações da noite desta sexta quebraram semanas de uma inércia política nos esforços para elevar o limite de endividamento do país

Obama e  Boehner (Montagem/Getty Images)

Obama e Boehner (Montagem/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2011 às 23h48.

Washington  - Parlamentares norte-americanos abriram caminho na sexta-feira para uma tentativa de última hora em busca de um possível compromisso bipartidário a fim de evitar um calote nacional, apenas a quatro dias da data limite para elevar o teto da dívida dos Estados Unidos.

A Câmara dos Deputados, controlada pela oposição, aprovou o plano republicano de redução do déficit, enquanto o Senado, liderado pelos democratas, rapidamente rejeitou o projeto -- medidas que ressaltaram a divisão ideológica, mas que também abriram um caminho para começar a negociar um acordo.

As votações quebraram semanas de uma inércia política nos esforços para elevar o limite de endividamento do país, de 14,3 trilhões de dólares, até 2 de agosto ou então deixar a maior economia do mundo sem recursos para pagar suas contas, alega o governo.

Os atrasos tornam impossível para o Congresso aprovar um acordo e enviá-lo à mesa do presidente norte-americano, Barack Obama, até a décima primeira hora, aumentando o nível de incerteza nos já nervosos mercados financeiros. Mesmo que um acordo tardio seja fechado, os EUA correm o risco de perderem sua nota de crédito "AAA".

O progresso em direção a um acordo não parece iminente.

Assessores democratas disseram que os republicanos ainda não deram a eles sugestões sobre como elaborar algo que poderia ganhar o apoio de ambos os partidos, indicando que manobras parlamentares e acusações devem continuar.

Com o prazo final cada vez mais próximo, a Câmara aprovou o plano republicano por 218 votos a 210, após a liderança retrabalhar o projeto com o objetivo de vencer parlamentares conservadores contra aumentos de impostos dentro do próprio partido.

A legislação republicana, fortemente criticada por Obama, quem advertiu parlamentares a parar de perder tempo e encontrar uma maneira de "sair dessa bagunça", sempre esteve condenada a uma derrota no Senado, onde todos os democratas haviam prometido votar contra ela.

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