Paris critica aumento de poderes do presidente egípcio
O presidente islâmico, Mohamed Mursi, adotou dispositivos de valor constitucional que aumentam seus poderes, particularmente em detrimento ao aparato judiciário
Da Redação
Publicado em 23 de novembro de 2012 às 16h05.
Paris - A França considerou que as decisões tomadas pelo presidente egípcio Mohamed Mursi , que anunciou na quinta-feira medidas que reforçam seus poderes, não estão "na boa direção", declarou nesta sexta-feira o ministério das Relações Exteriores.
"Após décadas de ditadura (...) a transição política e democrática não pode ser feita em poucas semanas, e nem em poucos meses. A declaração constitucional adotada ontem pelo presidente Mursi, tal como foi anunciada, não nos parece ir na boa direção", disse Philippe Lalliot, porta-voz do Quai d'Orsay, durante uma coletiva de imprensa.
O presidente islâmico, Mohamed Mursi, adotou dispositivos de valor constitucional que aumentam seus poderes, particularmente em detrimento ao aparato judiciário. Neste sentido, o presidente decidiu, entre outras coisas, destituir o procurador-geral.
"Desde o início da revolução, nós apoiamos, sem nenhuma reserva e em todos os domínios, (...) uma transição política que estivesse em conformidade com as aspirações do povo egípcio", ressaltou Lalliot.
"Também alertamos que esta transição deveria conduzir à implantação de instituições democráticas, pluralistas e que respeitam as liberdades públicas", prosseguiu.
"No seio dos princípios fundamentais do Estado de direito, evidentemente, figura a independência do Poder Judiciário", ressaltou.
A União Europeia também fez um apelo a Mursi para que respeite "o processo democrático".
Segundo o porta-voz do Quai d'Orsay, uma consulta entre os parceiros europeus está prevista. "Obviamente, este é um assunto que também será discutido com as autoridades egípcias, dentro do espírito de cooperação que nos une desde o início da revolução", afirmou.
Paris - A França considerou que as decisões tomadas pelo presidente egípcio Mohamed Mursi , que anunciou na quinta-feira medidas que reforçam seus poderes, não estão "na boa direção", declarou nesta sexta-feira o ministério das Relações Exteriores.
"Após décadas de ditadura (...) a transição política e democrática não pode ser feita em poucas semanas, e nem em poucos meses. A declaração constitucional adotada ontem pelo presidente Mursi, tal como foi anunciada, não nos parece ir na boa direção", disse Philippe Lalliot, porta-voz do Quai d'Orsay, durante uma coletiva de imprensa.
O presidente islâmico, Mohamed Mursi, adotou dispositivos de valor constitucional que aumentam seus poderes, particularmente em detrimento ao aparato judiciário. Neste sentido, o presidente decidiu, entre outras coisas, destituir o procurador-geral.
"Desde o início da revolução, nós apoiamos, sem nenhuma reserva e em todos os domínios, (...) uma transição política que estivesse em conformidade com as aspirações do povo egípcio", ressaltou Lalliot.
"Também alertamos que esta transição deveria conduzir à implantação de instituições democráticas, pluralistas e que respeitam as liberdades públicas", prosseguiu.
"No seio dos princípios fundamentais do Estado de direito, evidentemente, figura a independência do Poder Judiciário", ressaltou.
A União Europeia também fez um apelo a Mursi para que respeite "o processo democrático".
Segundo o porta-voz do Quai d'Orsay, uma consulta entre os parceiros europeus está prevista. "Obviamente, este é um assunto que também será discutido com as autoridades egípcias, dentro do espírito de cooperação que nos une desde o início da revolução", afirmou.