Piloto militar procura por restos do voo desaparecido: "A detecção do sinal é uma primeira etapa", apontou o representante do BEA (Egyptian Military / Reuters)
Da Redação
Publicado em 1 de junho de 2016 às 12h36.
Paris - O organismo francês de Investigação de Acidentes Aéreos (BEA) afirmou nesta quarta-feira que o sinal detectado por um navio francês que participa dos trabalhos de busca do avião da Egyptair que caiu no Mediterrâneo pertence a uma das duas caixas-pretas do aparelho.
O sinal, segundo indicou o diretor dessa organização, Rémi Jouty, foi percebido pela equipes da empresa Alseamar desdobrada sobre a embarcação da Marinha nacional "Laplace".
Sua detecção foi possível "a partir da análise dos dados de radar disponíveis e do sinal de socorro da caixa, que permitiram definir uma zona de busca prioritária", acrescentou o diretor, que destacou a "estreita colaboração" mantida com as autoridades egípcias.
Horas antes, o Ministério egípcio de Aviação Civil tinha informado que as equipes que trabalham no Mediterrâneo para encontrar os destroços do avião tinham recebido sinais que poderiam dirigir a uma das caixas.
O Airbus A320 da companhia aérea Egyptair caiu no Mediterrâneo em 19 de maio com 66 pessoas a bordo, entre passageiros, pessoal de segurança e membros da tripulação, em um fato cujas causas ainda não foram esclarecidas.
"A detecção do sinal é uma primeira etapa", apontou o representante do BEA.
Uma vez localizadas, segundo detalharam as autoridades egípcias, a recuperação das caixas ficará a cargo do navio "John Lethbridge" da empresa Deep Ocean Search (DOIS), que se unirá aos trabalhos de busca "dentro de uma semana".
O avião, que cobria a linha Paris-Cairo, desapareceu do radar às 2h45 local (21h45 em Brasília), após penetrar no espaço aéreo egípcio pouco mais de um quilômetro.
O BEA confirmou em 21 de maio que "os sensores do aparelho emitiram mensagens que indicavam que havia fumaça na cabine pouco antes de perder a comunicação".
As equipes de resgate localizaram os primeiros fragmentos do aparelho no Mar Mediterrâneo, a cerca de 200 milhas ao sudeste da ilha grega de Creta, mas ainda não foi possível determinar se aconteceu uma explosão a bordo.