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Parentes de mineradores pedem renúncia de Erdogan

Parentes das vítimas e moradores da cidade onde ocorreu o acidente em mina de carvão na Turquia exigiram a renúncia do premiê, Recep Tayyp Erdogan

Recep Tayyp Erdogan: até agora acidente deixou 245 mineradores mortos (Kiyoshi Ota/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2014 às 14h39.

Ancara - Parentes das vítimas e moradores da cidade onde ocorreu o acidente que até agora deixou 245 mineradores mortos na Turquia exigiram nesta quarta-feira a renúncia do primeiro-ministro do país, Recep Tayyp Erdogan .

Dezenas de moradores se reuniram nos arredores da prefeitura para vaiar e gritar pedindo a renúncia de Erdogan, que foi hoje para a cidade onde ocorreu a tragédia para acompanhar a operação de resgate dos 120 operários que ainda estão soterrados.

Após dar uma entrevista coletiva, Erdogan pretendia sair da prefeitura para fazer uma declaração aos presentes, mas encontrou o protesto que pedia sua renúncia.

"Passaram 24 horas e não tiraram nossos filhos da mina", gritaram vários dos manifestantes.

"Se não gritarmos aqui, onde vamos fazer", bradou outro dos presentes.

Após momentos de tensão, a polícia interveio e deteve um jovem, enquanto Erdogan foi levado para um supermercado onde estaria mais seguro.

Os seguranças do primeiro-ministro tiveram que proteger o veículo oficial do líder e retiraram sua placa para evitar que fosse reconhecido pois vários manifestantes tentaram destruí-lo.

O protesto começou após o chefe do governo afirmar em entrevista coletiva que este tipo de acidente no setor ocorre a "todo o momento".

O primeiro-ministro não demonstrou esperanças de que possam ser encontrados sobreviventes, mas garantiu que as autoridades estão trabalhando da melhor maneira possível.

Erdogan prometeu também uma "investigação para esclarecer as circunstâncias" do acidente, mas se negou a responsabilizar alguém pela tragédia, que descreveu como ocasional.

"Deve-se saber como funciona a mineração. Em 1862, morreram 262 pessoas em uma mina de carvão da Inglaterra, em 1866, foram 361, em 1894, outras 290, por uma explosão. Na China, morreram 1.549 em 1942, no Japão, 458 em 1963, na Índia, 372 em 1975. Este tipo de acidente ocorre a todo o momento", minimizou Erdogan.

O primeiro-ministro afirmou ainda que foi feita uma "inspeção na mina em março e não foi constatada irregularidades".

"Trabalhar sem acidentes é impossível e esta mina é uma das melhores quanto a condições de segurança", garantiu.

O primeiro-ministro turco recordou além disso que entre 1942 e 2010, cerca de 900 mineiros morreram na Turquia em uma série de acidentes, sendo o maior o ocorrido em 1992, que deixou 263 vítimas fatais.

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Ancara - Parentes das vítimas e moradores da cidade onde ocorreu o acidente que até agora deixou 245 mineradores mortos na Turquia exigiram nesta quarta-feira a renúncia do primeiro-ministro do país, Recep Tayyp Erdogan .

Dezenas de moradores se reuniram nos arredores da prefeitura para vaiar e gritar pedindo a renúncia de Erdogan, que foi hoje para a cidade onde ocorreu a tragédia para acompanhar a operação de resgate dos 120 operários que ainda estão soterrados.

Após dar uma entrevista coletiva, Erdogan pretendia sair da prefeitura para fazer uma declaração aos presentes, mas encontrou o protesto que pedia sua renúncia.

"Passaram 24 horas e não tiraram nossos filhos da mina", gritaram vários dos manifestantes.

"Se não gritarmos aqui, onde vamos fazer", bradou outro dos presentes.

Após momentos de tensão, a polícia interveio e deteve um jovem, enquanto Erdogan foi levado para um supermercado onde estaria mais seguro.

Os seguranças do primeiro-ministro tiveram que proteger o veículo oficial do líder e retiraram sua placa para evitar que fosse reconhecido pois vários manifestantes tentaram destruí-lo.

O protesto começou após o chefe do governo afirmar em entrevista coletiva que este tipo de acidente no setor ocorre a "todo o momento".

O primeiro-ministro não demonstrou esperanças de que possam ser encontrados sobreviventes, mas garantiu que as autoridades estão trabalhando da melhor maneira possível.

Erdogan prometeu também uma "investigação para esclarecer as circunstâncias" do acidente, mas se negou a responsabilizar alguém pela tragédia, que descreveu como ocasional.

"Deve-se saber como funciona a mineração. Em 1862, morreram 262 pessoas em uma mina de carvão da Inglaterra, em 1866, foram 361, em 1894, outras 290, por uma explosão. Na China, morreram 1.549 em 1942, no Japão, 458 em 1963, na Índia, 372 em 1975. Este tipo de acidente ocorre a todo o momento", minimizou Erdogan.

O primeiro-ministro afirmou ainda que foi feita uma "inspeção na mina em março e não foi constatada irregularidades".

"Trabalhar sem acidentes é impossível e esta mina é uma das melhores quanto a condições de segurança", garantiu.

O primeiro-ministro turco recordou além disso que entre 1942 e 2010, cerca de 900 mineiros morreram na Turquia em uma série de acidentes, sendo o maior o ocorrido em 1992, que deixou 263 vítimas fatais.

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