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Paraguai admite negociação de duas velocidades entre blocos

Eladio Loizaga falou sobre essas negociações, iniciadas em 1999, mas paralisadas durante anos e só retomadas em 2012


	Bandeiras do Mercosul: Eladio Loizaga falou sobre essas negociações, iniciadas em 1999, mas paralisadas durante anos e só retomadas em 2012
 (Norberto Duarte/AFP)

Bandeiras do Mercosul: Eladio Loizaga falou sobre essas negociações, iniciadas em 1999, mas paralisadas durante anos e só retomadas em 2012 (Norberto Duarte/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2015 às 10h23.

Madri - O ministro paraguaio das Relações Exteriores, Eladio Loizaga, admitiu nesta segunda-feira a possibilidade de estabelecer um sistema de "duas velocidades" na negociação de um acordo comercial entre a União Europeia (UE) e Mercosul perante as dificuldades para avançar.

Durante uma conferência organizada pela Agência EFE e a Casa da América em Madri, Loizaga falou sobre essas negociações, iniciadas em 1999, mas paralisadas durante anos e só retomadas em 2012.

Nos dias 10 e 11 de junho vai acontecer em Bruxelas a cúpula entre a UE e Celac e os países do Mercosul querem aproveitar para manter um encontro com os europeus e tentar dar algum passo nesse diálogo.

O Paraguai assumirá a presidência pro tempore do Mercosul no segundo semestre do ano e seu chanceler se declarou hoje propício a aceitar que haja duas velocidades.

Para o Paraguai, o Mercosul é o primeiro parceiro comercial, enquanto a UE é o segundo e desde este mês poderá exportar aos europeus sua carne "premium".

Uruguai, Paraguai, Argentina, Brasil e Venezuela integram Mercosul, e o chanceler mostrou sua confiança de que possa haver um acordo em breve com a Bolívia para sua incorporação.

Com relação ao efeito de que as eleições presidenciais argentinas do final de 2015 pode ter no futuro do Mercosul, o chanceler disse que não queria se envolver na política interna do país vizinho.

No entanto, apontou que as declarações públicas de candidatos como Mauricio Macri e Daniel Scioli apostaram pelo futuro do Mercosul e pelo acordo com a UE.

"A Argentina é um país rico e tem um importante espaço de comércio", acrescentou Loizaga.

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