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Parada gay de Belgrado é proibida por medo a ataques

Em outubro de 2010, os homossexuais sérvios puderam realizar sua primeira manifestação em Belgrado apesar da oposição de grupos homofóbicos

Parada Gay: manifestação já foi suspensa em outros anos perante as ameaças dos homofóbicos (GettyImage)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2013 às 17h23.

Belgrado - As autoridades sérvias decidiram nesta sexta-feira proibir, pelo terceiro ano consecutivo, a Parada do Orgulho Gay que estava marcara para amanhã em Belgrado, por considerar que há risco de ataques contra os participantes, como ocorreu no passado.

"As avaliações da segurança mostram que poderiam ocorrer graves violações da ordem e da paz públicas, e a única coisa mais importante que os direitos e as liberdades é a segurança dos cidadãos", declarou o primeiro-ministro sérvio, Ivica Dacic, ao justificar sua decisão.

Dacic insistiu que a decisão não tem conotações políticas e que inclusive no próprio governo há quem considere que seria bom para o país que a manifestação fosse realizada.

"Principalmente pela imagem que passaríamos ao mundo. Mas, por outro lado, o que aconteceria se transmitissem imagens diferentes, se alguma vida humana fosse perdida? Quem seria responsável então por isso e pelas consequências para nosso Estado?", se perguntou Dacic, que também é o ministro do Interior.

Em outubro de 2010, os homossexuais sérvios puderam realizar sua primeira manifestação em Belgrado apesar da oposição de grupos homofóbicos, que atacaram os policiais que escoltavam a marcha em confrontos que terminaram com mais de 150 feridos.

Nos dois anos seguintes, a manifestação foi suspensa perante as ameaças dos homofóbicos. Também foram proibidas as concentrações convocadas para amanhã por várias organizações direitistas.

A ministra de Assuntos Europeus sueca, Brigitta Ohlsson, que chegou a Belgrado para dar seu apoio à parada do orgulho gay, advertiu hoje que este tipo de manifestação é uma prova importante para os valores democráticos e as liberdades em um país candidato ao ingresso na União Europeia.

A Sérvia espera iniciar no próximo mês de janeiro as negociações de adesão ao bloco europeu.

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Dacic insistiu que a decisão não tem conotações políticas e que inclusive no próprio governo há quem considere que seria bom para o país que a manifestação fosse realizada.

"Principalmente pela imagem que passaríamos ao mundo. Mas, por outro lado, o que aconteceria se transmitissem imagens diferentes, se alguma vida humana fosse perdida? Quem seria responsável então por isso e pelas consequências para nosso Estado?", se perguntou Dacic, que também é o ministro do Interior.

Em outubro de 2010, os homossexuais sérvios puderam realizar sua primeira manifestação em Belgrado apesar da oposição de grupos homofóbicos, que atacaram os policiais que escoltavam a marcha em confrontos que terminaram com mais de 150 feridos.

Nos dois anos seguintes, a manifestação foi suspensa perante as ameaças dos homofóbicos. Também foram proibidas as concentrações convocadas para amanhã por várias organizações direitistas.

A ministra de Assuntos Europeus sueca, Brigitta Ohlsson, que chegou a Belgrado para dar seu apoio à parada do orgulho gay, advertiu hoje que este tipo de manifestação é uma prova importante para os valores democráticos e as liberdades em um país candidato ao ingresso na União Europeia.

A Sérvia espera iniciar no próximo mês de janeiro as negociações de adesão ao bloco europeu.

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