Mundo

Para Romney, endurecer controle de armas não evita massacres

''Sigo acreditando que a Segunda Emenda é o caminho correto para proteger-se e defender-se, e não acho que uma nova legislação mude este tipo de tragédia'', disse

Mitt Romney: ''este não é realmente o momento para falar da política associada com o que ocorreu em Aurora'' (©AFP/Getty Images / Eric Kayne)

Mitt Romney: ''este não é realmente o momento para falar da política associada com o que ocorreu em Aurora'' (©AFP/Getty Images / Eric Kayne)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2012 às 21h09.

Washington - O virtual candidato à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano, Mitt Romney, afirmou nesta segunda-feira que executar leis mais estritas sobre o controle de armas não teria impedido o massacre que aconteceu na sexta-feira passada em um cinema da cidade de Aurora, no Colorado.

''Sigo acreditando que a Segunda Emenda é o caminho correto para proteger-se e defender-se, e não acho que uma nova legislação mude este tipo de tragédia'', disse o ex-governador de Massachusetts em entrevista concedida à rede de televisão ''CNBC''.

''Nosso desafio não são as leis, nosso desafio são as pessoas que, obviamente, estão fora da realidade e fazem coisas impensáveis, inimagináveis, inexplicáveis'', acrescentou.

A Segunda Emenda da Constituição legaliza o direito dos americanos à posse de armas e a Corte Suprema sempre se mostrou a favor das tentativas de alguns estados e cidades em limitá-lo.

O massacre do Colorado, que provocou a morte de 12 pessoas, é o que mais vítimas causou na história dos Estados Unidos entre mortos e feridos, um total de 71, e reabriu o debate sobre a posse de armas no país.

Romney insistiu que os legisladores deveriam esperar e não apressar-se em mudar a política de controle de armas após o episódio ocorrido no Colorado.

''Sou um firme defensor da Segunda Emenda e também acho que, com as emoções tão à flor de pele, este não é realmente o momento para falar da política associada com o que ocorreu em Aurora'', continuou.


O presidente dos EUA, Barack Obama, visitou ontem as vítimas do tiroteio, mas evitou questionar as leis que permitiram ao atirador adquirir seu arsenal.

Momentos antes de chegar a Aurora, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney assegurou que o presidente acredita que é preciso ''tomar medidas para manter as armas longe do alcance de pessoas que não deveriam ter acesso a elas com as leis existentes'', mas Obama não tocou no assunto.

No final de 2011, 73% dos americanos se mostrava contra a proibição da posse de armas de fogo no país aos cidadãos que não sejam membros da polícia ou tenham uma autorização especial, segundo uma enquete do Instituto Gallup.

O estudo destacou que o 26% favorável a proibir a posse de armas marcou um recorde mínimo em 2011, já que 20 anos atrás a opinião favorável à proibição era de 41%.

Acompanhe tudo sobre:ArmasMassacresMitt RomneyPolíticos

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua