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Para EUA, Putin quer ficar "a vida toda" no poder

Uma aprovação da reforma constitucional, cuja votação começou na semana passada e se estenderá até a quarta, perpetuaria Putin no poder até 2036

Vladimir Putin: líder está no poder na Rússia, seja como presidente ou primeiro-ministro, desde 1999 (Mikhail Klimentyev/Kremlin/Sputnik/Reuters)
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Reuters

Publicado em 29 de junho de 2020 às 17h41.

Última atualização em 29 de junho de 2020 às 17h43.

Um alto funcionário dos Estados Unidos disse nesta segunda-feira (29) que o presidente russo, Vladimir Putin, quer se perpetuar no poder, diante de um referendo constitucional que termina nesta quarta na Rússia.

O vice-secretário de Estado, Steve Biegun, disse que tanto Putin quanto o presidente chinês, Xi Jinping, "parecem querer ficar a vida toda no poder ou pelo menos até que eles mesmos resolvam partir".

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"No sistema russo, que tem pelo menos a roupagem do sistema democrático, o presidente Putin irá a referendo (...) que muitos consideram que terá um final inevitável", disse Biegun durante um fórum do German Marshall Fund .

Ele acrescentou que o objetivo do referendo para o presidente russo de 67 anos é "a extensão de seu mandato pelo que efetivamente durar a sua vida".

Uma aprovação da reforma constitucional, cuja votação começou na semana passada e se estenderá até a quarta-feira, perpetuaria Putin no poder até 2036.

Putin está no poder na Rússia, seja como presidente ou primeiro-ministro, desde 1999. A campanha da oposição, que inclui Alexei Navalny, acusa o presidente de buscar a presidência vitalícia.

O Kremlin pospôs com reticências a consulta, prevista inicialmente para 22 de abril, devido à pandemia de covid-19.

Os comentários de Biegun são feitos em meio a novas tensões entre Washington e Moscou após informes da imprensa de que os russos ofereceram recompensas a militantes vinculados aos talibãs para matar soldados americanos no Afeganistão.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem tentado uma aproximação com Moscou, negou no domingo ter sido informado sobre o assunto e em seguida disse que os serviços secretos americanos não tinham considerado a informação "confiável".

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