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Para Barroso alemães dão muito, mas também recebem muito

Presidente da Comissão Européia pressiona país para aceitar o aumento do fundo de socorro para países da região

O presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso (Attila Kisbenedek/AFP)

O presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso (Attila Kisbenedek/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2011 às 08h12.

Berlim - O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, afirmou que a Alemanha, que é contrária a seus planos de ampliar o fundo de socorro da zona do euro, apesar de dar muito à Europa, também recebe muito.

"Agora devemos mostrar claramente aos mercados que não fazemos apenas declarações, mas que tomamos decisões. Esta não é somente a opinião do presidente da Comissão Europeia, mas também a a do presidente do Banco Central Europeu (BCE). É por isto que não entendo as dúvidas", declarou Barroso ao jornal Stuttgarter Zeitung.

Enquanto Berlim, principal contribuinte financeiro da União Europeia (UE), repete que não vê necessidade de aumentar os recursos do dispositivo que já beneficiou a Irlanda, Barroso recordou que "os alemães dão muito, mas também recebem muito".

"É de vital importância resolver a questão do aumento deste fundo rapidamente, não porque o país X ou Y possa necessitar de tanto dinheiro e sim porque seria muito melhor tomar esta decisão em circunstâncias de relativa calma que sob pressão", argumentou.

"Algumas críticas que ouvi procedentes de Berlim têm relação com o calendário do meu pedido, não com o fundo. O que significa que sobre o fundo existe um acordo de princípio", disse.

O presidente da Comissão se negou a comentar informações divulgadas pela imprensa sobre a possibilidade de um projeto de reestruturação da dívida da Grécia, que pode receber um empréstimo do Fundo de Apoio Europeu para resgatar os próprios bônus, o que seria defendido por Berlim, segundo alguns jornais.

"As especulações sobre este assunto não são úteis nem inteligentes. Não vou participar", declarou.

O governo grego e o ministério das Finanças alemão negaram a existência do projeto e a Comissão Europeia qualificou as informações de "absurdas".

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