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Para Assad, queda de regime sírio teria "efeito dominó"

Assad afirmou que a Liga Árabe "não tem legitimidade", reagindo à decisão da organização pan-árabe de atribuir o assento da Síria à oposição


	"Todos sabem que se houver uma divisão na Síria, ou se as forças terroristas tomarem o controle do país, haverá um contágio direto para os países vizinhos", disse o presidente
 (AFP)

"Todos sabem que se houver uma divisão na Síria, ou se as forças terroristas tomarem o controle do país, haverá um contágio direto para os países vizinhos", disse o presidente (AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2013 às 19h23.

O presidente sírio, Bashar al-Assad, que enfrenta uma rebelião há dois anos, advertiu que uma queda de seu regime teria um "efeito dominó" no Oriente Médio e desestabilizaria esta região "por longos anos", em uma entrevista concedida à imprensa turca divulgada nesta sexta-feira.

"Todos sabem que se houver uma divisão na Síria, ou se as forças terroristas tomarem o controle do país, haverá um contágio direto para os países vizinhos", disse à rede Ulusal e ao jornal Aydinlik, em uma entrevista divulgada na íntegra na página da Presidência no Facebook.

"Depois, haverá um efeito dominó até em países distantes do Oriente Médio, a oeste, a leste, ao norte, ao sul. Isso significa que haverá instabilidade durante longos anos, até décadas", alertou.

A entrevista foi realizada na terça-feira e trechos foram divulgados durante vários dias na página da Presidência síria no Facebook.

Nos primeiros trechos divulgados esta semana, Assad acusou o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, que apoia a rebelião síria, de ter mentido sobre o conflito na Síria, que deixou, segundo a ONU, mais de 70.000 mortos em dois anos.

Ele também afirmou que a Liga Árabe "não tem legitimidade", reagindo à decisão da organização pan-árabe de atribuir o assento da Síria à oposição.

"A verdadeira legitimidade não é concedida por organizações ou por autoridades no exterior ou por outros países... A legitimidade é aquela que você confere ao povo", disse Assad, que se recusa a deixar o poder e identifica os rebeldes que querem a queda de seu regime como "terroristas".

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