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Paquistão efetuou mais de 5.000 detenções após atentado

O ministro da Justiça da província do Punjab afirmou que a grande maioria dos detidos já foi libertada após ser interrogada


	Atentado: foram 5.221 detidos, dos quais 5.002 foram soltos após um interrogatório inicial, e que 219 permanecem presos
 (Arif Ali / AFP)

Atentado: foram 5.221 detidos, dos quais 5.002 foram soltos após um interrogatório inicial, e que 219 permanecem presos (Arif Ali / AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de março de 2016 às 10h06.

Lahore - As autoridades do Paquistão realizaram mais de 5.200 detenções e mantêm mais de 200 pessoas detidas após o atentado que no domingo passado deixou pelo menos 72 mortos em um parque da cidade de Lahore.

O ministro da Justiça da província do Punjab, da qual Lahore é capital, Rana Sanaullah, afirmou nesta terça-feira em entrevista coletiva que a grande maioria dos detidos já foi libertada após ser interrogada e acrescentou que as forças de segurança iniciaram uma operação antiterrorista na região.

Sanaullah detalhou que foram 5.221 detidos, dos quais 5.002 foram soltos após um interrogatório inicial, e que 219 permanecem presos.

A polícia, as forças especiais e o Departamento Antiterrorista participam da operação conjunta, indicou Sanaullah, acrescentando que as autoridades regionais pedirão apoio ao exército se for necessário.

Os serviços de inteligência já realizaram 88 ações em colaboração com a polícia local, enquanto a polícia paquistanesa e o Departamento Antiterrorista realizaram outras 56 e 16, respectivamente.

"Alguns elementos que estão tentando criar buracos em nossos esforços conjuntos fracassarão. Esta operação continuará com a mesma paixão e em breve toda a nação sairá vitoriosa", assegurou Sanaullah.

Um insurgente da cisão talibã Jaamat-ul-Ahrar detonou um colete de explosivos em um parque de Lahore na tarde de domingo quando um grande número de famílias se encontravam no local, deixando 72 mortos e mais de 350 feridos, no pior atentado no país desde o ataque a uma escola de Peshawar no qual morreram 125 crianças em 2014.

O primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, prometeu ontem em discurso televisionado lutar contra o terrorismo até erradicá-lo.

Texto atualizado às 10h06

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