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Papandreou busca alianças com oposição para formar governo de coalizão

Papandreou tinha uma reunião marcada com o presidente Karolos Papoulias, para falar sobre sua intenção de iniciar consultas para formar um Governo de união nacional

Papandreou quer que os acordos para salvar a Grécia da quebra estipulados com a zona do euro sejam aprovados pela maioria parlamentar (Eric Feferberg/AFP)
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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2011 às 11h18.

Atenas - O primeiro-ministro grego, Giorgos Papandreou, busca neste sábado articular alianças com a oposição para formar um Governo de união nacional após obter nesta sexta-feira à noite um voto de confiança no Parlamento e o apoio de todo seu grupo parlamentar.

Papandreou, do partido socialista Pasok, tinha uma reunião marcada para este sábado com o presidente grego, Karolos Papoulias, a quem falaria sobre sua intenção de iniciar consultas para formar um Governo de união nacional, provisório, com um prazo estimado de três meses, ou seja, previsivelmente até fevereiro.

A votação apertada da moção de confiança desta sexta-feira, quando o primeiro-ministro recebeu o apoio de 153 deputados e a rejeição de 145, abriu ao chefe de Governo a possibilidade de conseguir a aprovação de uma série de leis de reformas e medidas de austeridade e o acordo obtido em Bruxelas com os parceiros europeus sobre um novo resgate financeiro.

Mas o parlamentar Antonis Samaras, líder do partido Nova Democracia (ND) - que com 85 cadeiras parlamentares é a maior legenda da oposição -, recusou o convite para colaborar e exige a renúncia de Papandreou para formar imediatamente um Governo de transição de especialistas, que aprove o plano de resgate internacional e convoque eleições antecipadas.

O chefe do grupo parlamentar socialista, Christos Protopapas, declarou neste sábado à emissora de televisão 'Mega' que 'Samaras será responsável se não se formar um Governo de cooperação'.

Mas não foi só a Nova Democracia que se mostrou hostil ao Governo. Os demais partidos parlamentares de esquerda também descartaram a cooperação e, por isso, Papandreou teria de se apoiar na ajuda de dois partidos de direita: o LAOS (extrema-direita) e a Aliança Democrática (da ex-ministra conservadora Dora Bakoyani).

Com esses dois partidos, junto aos 152 deputados do Pasok, o premiê somaria 172 cadeiras no Parlamento - formado por 300 no total -, conseguindo assim uma margem legislativa mais folgada para governar.

Papandreou expressou seu desejo de que os acordos para salvar a Grécia da quebra estipulados com a zona do euro - que incluem medidas impopulares de austeridade e uma rígida vigilância de analistas estrangeiros, sejam aprovados por um grande maioria parlamentar, de 180 cadeiras.

Protopapas, no entanto, revelou que o chefe de Governo pode mudar durante o Governo de coalizão. 'Papandreou aceita não ser primeiro-ministro nesse Governo que se formaria', declarou o porta-voz do Pasok.

Sem o acordo de um Governo estável, a Grécia ficaria sem ajuda externa e o ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, ressaltou que o país conta apenas com recursos para pagar suas obrigações até 'meados de dezembro'. EFE

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Atenas - O primeiro-ministro grego, Giorgos Papandreou, busca neste sábado articular alianças com a oposição para formar um Governo de união nacional após obter nesta sexta-feira à noite um voto de confiança no Parlamento e o apoio de todo seu grupo parlamentar.

Papandreou, do partido socialista Pasok, tinha uma reunião marcada para este sábado com o presidente grego, Karolos Papoulias, a quem falaria sobre sua intenção de iniciar consultas para formar um Governo de união nacional, provisório, com um prazo estimado de três meses, ou seja, previsivelmente até fevereiro.

A votação apertada da moção de confiança desta sexta-feira, quando o primeiro-ministro recebeu o apoio de 153 deputados e a rejeição de 145, abriu ao chefe de Governo a possibilidade de conseguir a aprovação de uma série de leis de reformas e medidas de austeridade e o acordo obtido em Bruxelas com os parceiros europeus sobre um novo resgate financeiro.

Mas o parlamentar Antonis Samaras, líder do partido Nova Democracia (ND) - que com 85 cadeiras parlamentares é a maior legenda da oposição -, recusou o convite para colaborar e exige a renúncia de Papandreou para formar imediatamente um Governo de transição de especialistas, que aprove o plano de resgate internacional e convoque eleições antecipadas.

O chefe do grupo parlamentar socialista, Christos Protopapas, declarou neste sábado à emissora de televisão 'Mega' que 'Samaras será responsável se não se formar um Governo de cooperação'.

Mas não foi só a Nova Democracia que se mostrou hostil ao Governo. Os demais partidos parlamentares de esquerda também descartaram a cooperação e, por isso, Papandreou teria de se apoiar na ajuda de dois partidos de direita: o LAOS (extrema-direita) e a Aliança Democrática (da ex-ministra conservadora Dora Bakoyani).

Com esses dois partidos, junto aos 152 deputados do Pasok, o premiê somaria 172 cadeiras no Parlamento - formado por 300 no total -, conseguindo assim uma margem legislativa mais folgada para governar.

Papandreou expressou seu desejo de que os acordos para salvar a Grécia da quebra estipulados com a zona do euro - que incluem medidas impopulares de austeridade e uma rígida vigilância de analistas estrangeiros, sejam aprovados por um grande maioria parlamentar, de 180 cadeiras.

Protopapas, no entanto, revelou que o chefe de Governo pode mudar durante o Governo de coalizão. 'Papandreou aceita não ser primeiro-ministro nesse Governo que se formaria', declarou o porta-voz do Pasok.

Sem o acordo de um Governo estável, a Grécia ficaria sem ajuda externa e o ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, ressaltou que o país conta apenas com recursos para pagar suas obrigações até 'meados de dezembro'. EFE

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