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Papa se encontrará com vítimas de abuso sexual

Pontífice declarou "tolerância zero" com qualquer membro do clero que violar um menor

Papa Francisco conversa com repórteres a bordo do voo papal na sua volta para o Vaticano, depois de uma viagem para o Oriente Médio (Andrew Medichini/Reuters)

Papa Francisco conversa com repórteres a bordo do voo papal na sua volta para o Vaticano, depois de uma viagem para o Oriente Médio (Andrew Medichini/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2014 às 22h39.

Jerusalém - O papa Francisco irá se encontrar no próximo mês, no Vaticano, com um grupo de vítimas de abuso sexual e declarou "tolerância zero" com qualquer membro do clero que violar um menor.

O papa também revelou que três bispos estão sendo investigados pelo Vaticano por motivos relacionados a abuso sexual, mas não está claro se eles são acusados de cometerem abusos ou se respondem por ocultar o crime. "Ninguém tem privilégios", disse.

A reunião do papa incluirá uma missa e será o primeiro encontro do tipo com um pontífice. Vítimas de abuso sexual têm criticado a Igreja Católica por não expressar solidariedade.

Em uma coletiva de imprensa realizada a bordo do avião do pontífice no retorno de Jerusalém, Francisco disse que viajará para o Sri Lanka e para as Filipinas em janeiro de 2015 e indicou que poderá seguir os passos do papa Bento XVI e se retirar quando não tiver força para se manter no cargo.

"Ele abriu uma porta, a porta dos papas eméritos. Somente Deus sabe se haverá outros, mas a porta está aberta", afirmou, acrescentando acreditar que Bento XVI não foi um caso único.

Durante a conversa com repórteres, Francisco também reduziu as expectativas pelo encontro com os representantes de Israel e da Palestina, no próximo mês, deixando claro que não será um encontro para mediar a paz.

"Nos reuniremos para rezar e depois todos vão para casa. Mas acredito que a oração é importante, que rezemos juntos."

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