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Papa se desculpa e manda recado para os argentinos

Em meia década de papado não visitou ainda o país, apesar dos pedidos de seus compatriotas

Papa Francisco: "aos que possam sentir-se ofendidos por alguns dos meus gestos, lhes peço perdão" (Tony Gentile/Reuters)
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EFE

Publicado em 17 de março de 2018 às 13h43.

Buenos Aires - O papa Francisco assegurou neste sábado que seu amor pela Argentina, seu país natal, continua sendo "grande e intenso" e se desculpou com aqueles cidadãos que "possam sentir-se ofendidos" por alguns de seus "gestos", em carta divulgada pela Agência Informativa Católica Argentina (AICA), pertencente à Igreja.

"Embora agora não tenhamos o gozo de estar juntos na nossa Argentina, lembrem que o Senhor chamou um de vocês para levar uma mensagem de fé, de misericórdia e de fraternidade a muitos cantos da terra", escreveu o papa em referência ao fato de que em meia década de papado não visitou ainda o país, apesar dos pedidos de seus compatriotas.

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Também pediu aos argentinos que, se alguma vez já se alegraram por coisas que ele pode ter feito bem, as sintam como "próprias" já que eles, segundo disse, são seu "povo".

"O povo que me formou, me preparou e me ofereceu ao serviço das pessoas", acrescentou.

"Gostaria de dizer-lhes que o amor pela minha pátria continua sendo grande e intenso. Rezo todos os dias por esse, o meu povo que tanto amo. E aos que possam sentir-se ofendidos por alguns dos meus gestos, lhes peço perdão", destacou.

Além disso, reforçou que sua intenção é "fazer o bem" e que, com sua idade, seus interesses "já têm pouco que ver" com sua pessoa.

"Mas, embora Deus tenha me confiado uma tarefa tão importante e Ele me ajuda, não me libertou da fragilidade humana. Por isso posso equivocar-me como todos", admitiu.

Por meio desta carta, o papa expressou seu "afeto e gratidão" pelas mensagens de felicitação que recebeu de vários argentinos no dia 13 de março, quando completou cinco anos como pontífice.

"Me comove descobrir que, além da respeitosa saudação das autoridades, nesta carta se tenham unido pessoas de diferentes procedências religiosas, políticas e ideológicas. Assim se confirma que não é impossível encontrar razões para encontrar-se e que a unidade é superior ao conflito", ressaltou.

Além disso, pediu por seus compatriotas " para que sejam canais do bem e a beleza, para que possam fazer sua contribuição na defesa da vida e da justiça".

"Como sempre, aos que têm fé lhes peço que rezem por mim, e, aos que não têm fé, lhes rogo que me desejem coisas boas", concluiu Francisco. EFE

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