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Papa e chefe da ONU falam sobre meio ambiente e naufrágios

O Pontífice e o secretário-geral da Organização consideram uma lição de humildade a busca de imigrantes por uma chance de vida digna além Mediterrâneo


	Papa cumprimenta Ban ki-Moon: o secretário-geral celebrou os esforços da Igreja por chamar a atenção sobre a necessidade urgente de promover o desenvolvimento sustentável
 (AFP)

Papa cumprimenta Ban ki-Moon: o secretário-geral celebrou os esforços da Igreja por chamar a atenção sobre a necessidade urgente de promover o desenvolvimento sustentável (AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2015 às 13h29.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco recebeu nesta terça-feira o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, para conversar sobre questões relacionadas com a proteção do meio ambiente e os fatais naufrágios de imigrantes no Mediterrâneo.

"O papa Francisco e eu acabamos de ter uma conversa muito ampla e frutífera", declarou Ban na abertura de um colóquio intitulado "Proteger o planeta, dar dignidade à humanidade", organizado pela Pontifícia Academia das Ciências no Vaticano.

O pontífice publicará uma encíclica sobre ecologia em junho ou julho, que Ban disse esperar "com impaciência".

"A ciência e a religião não divergem sobre a mudança climática", acrescentou o secretário-geral, que celebrou os esforços do papa e da Igreja por "chamar a atenção sobre a necessidade urgente de promover o desenvolvimento sustentável".

Ban disse ainda que também conversaram sobre os recentes naufrágios de imigrantes no Mediterrâneo. "Compartilhamos nossa comoção".

"Milhares de pessoas se afogam. São os mais pobres e os mais fracos, e arriscam suas vidas pela mais ínfima oportunidade. Isso é uma verdadeira lição de humildade", afirmou.

"A prioridade deveria ser proteger os direitos e a dignidade de cada um e salvar vidas", assegurou Ban, que elogiou a decisão europeia de triplicar os fundos da operação de vigilância e resgate Triton, mas se declarou contrário à proposta italiana de bombardear os barcos de traficantes de seres humanos na Líbia.

Nas últimas semanas, vários naufrágios de imigrantes deixaram 1.200 mortos nas águas do Mediterrâneo.

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