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Papa diz que "ódio" e "violência" em nome de Deus são injustificáveis

Em visita histórica aos Emirados Árabes Unidos, Pontífice fez apelo à liberdade religiosa e contra a imposição de crenças

Papa Francisco: Líder católico está em visita aos Emirados Árabes (Tony Gentile/Reuters)

Papa Francisco: Líder católico está em visita aos Emirados Árabes (Tony Gentile/Reuters)

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AFP

Publicado em 4 de fevereiro de 2019 às 15h01.

Última atualização em 4 de fevereiro de 2019 às 15h03.

Justificar "o ódio e a violência" em nome de Deus é "uma grave profanação", declarou nesta segunda-feira o Papa Francisco em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, em discurso pronunciado durante um encontro interreligioso internacional.

"Em nome de Deus Criador, é preciso condenar sem vacilação toda forma de violência, porque é uma grave profanação do nome de Deus usá-lo para justificar o ódio e a violência contra o irmão", disse Francisco, acrescentando: "não há violência que possa ser religiosamente justificada".

Em seu discurso, o papa também fez um apelo à "liberdade religiosa", ressaltando que ela "não se limita apenas à liberdade de culto" e que nenhuma prática religiosa deve ser "forçada" a outra pessoa.

"A liberdade religiosa (...) vê no outro um verdadeiro irmão, um filho da mesma Humanidade que Deus deixa livre e que por consequência nenhuma instituição humana pode forçar", declarou diante de centenas de líderes de várias religiões.

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