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Papa denunciou a vaidade e a ambição como pecados da Igreja

Em entrevista concedida quando ainda era cardeal, Jorge Bergoglio denunciou ainda o chamado "carreirismo", ou seja, fazer carreira na Cúria romana

O papa Franciso: "deve-se evitar a doença espiritual da Igreja autorreferencial: quando chega a sê-lo, a Igreja fica doente, por isso deve-se sair de si mesma e andar na periferia" (REUTERS / Alessandro Bianchi)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de março de 2013 às 12h58.

Cidade do Vaticano - O cardeal argentino Jorge Bergoglio, desde ontem papa Francisco , disse que "a vaidade, a ambição, é uma atitude da mundanidade espiritual que é o pior pecado da Igreja".

O primeiro papa latino-americano e o primeiro pontífice jesuíta que foi proclamado ontem na Basílica de São Pedro fez o pronunciamento quando era cardeal em entrevista ao jornal "La Stampa" em fevereiro de 2012 e o jornal reproduz o texto nesta quinta-feira.

O então cardeal Bergoglio denunciou o chamado "carreirismo", ou seja, fazer carreira na Cúria romana, "a busca de vantagens que entram plenamente nesta mundanidade espiritual".

E usou uma metáfora: "Como exemplo do que é realmente a vaidade, com frequência digo: olhai a um pavão, se o vês de frente é muito lindo. Mas se dá algum passo e o vês de trás, te dás conta da realidade. Quem cede a essa vaidade autorreferencial no fundo esconde uma miséria muito grande".

O então arcebispo de Buenos Aires acrescentou "deve-se evitar a doença espiritual da Igreja autorreferencial: quando chega a sê-lo, a Igreja fica doente, por isso deve-se sair de si mesma e andar na periferia", disse ao jornal.

O cardeal acrescentou: "buscamos o contato com as famílias que não vão às paróquias. Em vez de ser apenas uma Igreja que recebe, tentamos ser uma Igreja que sai à rua e vai até os homens e mulheres que não vêm, que não a conhecem, que partiram e que são indiferentes".

Para isso - continuou - "organizamos missões nas praças onde se reúne muita gente, rezamos, realizamos a missa, propomos o batismo que administramos após uma pequena preparação. É o estilo das paróquias e da própria diocese".

O papa Francisco, que em seu primeiro dia de pontificado foi rezar cedo na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, explicou então que tentavam "alcançar as pessoas que estão afastadas através das redes sociais".

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Cidade do Vaticano - O cardeal argentino Jorge Bergoglio, desde ontem papa Francisco , disse que "a vaidade, a ambição, é uma atitude da mundanidade espiritual que é o pior pecado da Igreja".

O primeiro papa latino-americano e o primeiro pontífice jesuíta que foi proclamado ontem na Basílica de São Pedro fez o pronunciamento quando era cardeal em entrevista ao jornal "La Stampa" em fevereiro de 2012 e o jornal reproduz o texto nesta quinta-feira.

O então cardeal Bergoglio denunciou o chamado "carreirismo", ou seja, fazer carreira na Cúria romana, "a busca de vantagens que entram plenamente nesta mundanidade espiritual".

E usou uma metáfora: "Como exemplo do que é realmente a vaidade, com frequência digo: olhai a um pavão, se o vês de frente é muito lindo. Mas se dá algum passo e o vês de trás, te dás conta da realidade. Quem cede a essa vaidade autorreferencial no fundo esconde uma miséria muito grande".

O então arcebispo de Buenos Aires acrescentou "deve-se evitar a doença espiritual da Igreja autorreferencial: quando chega a sê-lo, a Igreja fica doente, por isso deve-se sair de si mesma e andar na periferia", disse ao jornal.

O cardeal acrescentou: "buscamos o contato com as famílias que não vão às paróquias. Em vez de ser apenas uma Igreja que recebe, tentamos ser uma Igreja que sai à rua e vai até os homens e mulheres que não vêm, que não a conhecem, que partiram e que são indiferentes".

Para isso - continuou - "organizamos missões nas praças onde se reúne muita gente, rezamos, realizamos a missa, propomos o batismo que administramos após uma pequena preparação. É o estilo das paróquias e da própria diocese".

O papa Francisco, que em seu primeiro dia de pontificado foi rezar cedo na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, explicou então que tentavam "alcançar as pessoas que estão afastadas através das redes sociais".

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