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Papa critica retórica populista que aumenta rejeição a imigrantes

Líder da Igreja Católica, que realiza ações em apoio a imigrantes desde que assumiu o posto, em 2013, não exemplificou nenhum país em suas críticas

Papa Francisco: "o que é necessário é uma mudança de atitude, para superar indiferenças e conter medos" (Gregorio Borgia/Reuters)

Papa Francisco: "o que é necessário é uma mudança de atitude, para superar indiferenças e conter medos" (Gregorio Borgia/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de fevereiro de 2017 às 12h11.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco pediu nesta terça-feira uma mudança radical em relação aos imigrantes, dizendo que eles devem ser recebidos com dignidade e denunciou a "retórica populista" que disse impulsionar medo e egoísmo em países ricos.

O papa, que realiza ações em apoio a imigrantes desde que assumiu o posto, em 2013, não exemplificou nenhum país em suas críticas.

Mas seus comentários podem ressoar nos Estados Unidos, onde tribunais bloquearam um decreto presidencial de Donald Trump para suspender entrada de pessoas de sete países de maioria muçulmana, e na Europa, que lida com um fluxo em massa de mais de 1,3 milhão de imigrantes e refugiados desde o início de 2015.

Imigrantes não devem ser rejeitados de primeira mão como rivais indignos, devem ser recebidos de forma "responsável e digna", particularmente os que fogem da guerra, disse o pontífice em longo discurso a participantes de uma conferência em Roma sobre imigração.

"Em face a este tipo de rejeição, enraizada em última instância pelo egoísmo e amplificada pela retórica populista, o que é necessário é uma mudança de atitude, para superar indiferenças e conter medos com uma abordagem generosa de receber aqueles que batem em nossas portas".

Partidos populistas anti-imigração tiveram ganhos em diversos países europeus, incluindo Itália, França e Holanda, onde o político anti-muçulmanos Geert Wilders iniciou no sábado sua campanha para a eleição, no mês que vem, com uma promessa de repreender a "escória marroquina".

"Para aqueles que fogem de conflitos e perseguições terríveis, muitas vezes presos dentro do alcance de organizações criminosas que não tem escrúpulos, temos que abrir canais humanitários acessíveis e seguros".

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