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Papa cria comissão para analisar recursos de religiosos

O papa Francisco decretou a criação de comissão para agilizar recursos de religiosos condenados por crimes graves


	Papa Francisco: casos graves, como os que envolvem pedofilia, serão julgados por um órgão colegial
 (Claudio Peri/Reuters)

Papa Francisco: casos graves, como os que envolvem pedofilia, serão julgados por um órgão colegial (Claudio Peri/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2014 às 10h26.

Roma - O papa Francisco decretou nesta terça-feira a criação de uma comissão ("Coleggio") de sete bispos e cardeais para analisar com mais rapidez os recursos de religiosos condenados por delitos graves, informou a Santa Sé.

O Vaticano publicou o "rescrito" (ato administrativo) do pontífice hoje sobre os recursos dos eclesiásticos por "crimes mais sérios" ("delicta graviora"), ou seja, contra a fé, os sacramentos e a moral, entre eles o de pedofilia.

Esses casos serão julgados por um órgão colegial que funcionará dentro da Congregação para a Doutrina da Fé.

A decisão de criar um "Coleggio" se dá pela necessidade de garantir uma maior rapidez na hora de examinar os muitos recursos existentes. O presidente e os sete membros deste novo organismo, que podem ser externos a Congregação para a Doutrina da Fé, serão nomeados por Francisco, acrescentou o comunicado.

Durante a sessão Ordinária da Congregação, onde são examinadas as possíveis violações, este novo organismo analisará os recursos, mas sem "modificar as competências já estabelecidas". Se o réu for bispo, "seu recurso será examinado pela sessão ordinária" da Congregação, mas o papa também poderá decidir que se ocupem de outros casos. A nova comissão deverá informar periodicamente suas próprias decisões à sessão Ordinária.

De acordo com o diretor da sala de imprensa da Santa Sé, Federico Lombardi, a decisão do papa de criar este "Coleggio" "foi bem amparada e considerada uma boa solução" por parte da Congregação.

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