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Papa chama de pecado grave fechar empresas sem proteger empregado

Francisco tem sido um grande defensor dos direitos dos trabalhadores desde que se tornou o líder dos católicos do mundo

Papa Francisco: "aqueles que são responsáveis por pessoas, os empresários, têm obrigação de fazer tudo para que cada mulher e homem possa trabalhar" (Gregorio Borgia/Reuters)

Papa Francisco: "aqueles que são responsáveis por pessoas, os empresários, têm obrigação de fazer tudo para que cada mulher e homem possa trabalhar" (Gregorio Borgia/Reuters)

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Reuters

Publicado em 15 de março de 2017 às 11h49.

Última atualização em 15 de março de 2017 às 15h06.

Cidade do Vaticano - Os empresários que encerram negócios, fecham fábricas e reestruturam empresas sem levar em consideração o impacto nos trabalhadores e suas famílias estão cometendo um "pecado muito grave", disse o papa Francisco nesta quarta-feira.

Em pronunciamento a dezenas de milhares de pessoas reunidas na praça São Pedro para sua audiência semanal, Francisco se desviou do discurso por escrito depois de mencionar que está apreensivo com a maneira como as famílias estão sendo afetadas por uma disputa trabalhista na emissora de televisão Sky Itália, deixando claro que está preocupado com o problema em muitos países.

"O trabalho nos dá dignidade. Aqueles que são responsáveis por pessoas, os empresários, têm obrigação de fazer tudo para que cada mulher e homem possa trabalhar e assim ser capaz de andar de cabeça erguida, de olhar as outras pessoas no rosto com dignidade", disse o papa.

"Aqueles que, por esquemas econômicos ou para poder fazer acordos que não são totalmente transparentes, fecham fábricas, encerram negócios e tiram o trabalho das pessoas, essa pessoa comete um pecado muito grave", acrescentou

Francisco tem sido um grande defensor dos direitos dos trabalhadores desde que se tornou o líder dos católicos do mundo, quatro anos atrás.

Como em outros países, a Itália tem testemunhado o fechamento de fábricas e empresas à medida que a produção é transferida para o exterior para aproveitar os encargos trabalhistas mais baixos ou como resultado de reestruturações e fusões.

 

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