Papa adverte sobre o mal, o sofrimento e a corrupção
'Escuridão e sujeira. O mal trabalha para escurecer, para sujar a beleza de Deus', afirmou o papa, que em 28 de fevereiro renunciará a seu pontificado
Da Redação
Publicado em 23 de fevereiro de 2013 às 17h09.
Cidade do Vaticano.- O papa Bento XVI afirmou neste sábado que 'o demônio sempre tenta sujar a criação de Deus' através 'do mal deste mundo, do sofrimento e da corrupção', perante os membros da Cúria romana e o cardeal Gianfranco Ravasi, diretor dos exercícios espirituais.
'Escuridão e sujeira. O mal trabalha para escurecer, para sujar a beleza de Deus', afirmou o papa, que em 28 de fevereiro renunciará a seu pontificado, após uma semana de exercícios espirituais na capela 'Redemptoris Mater' do Vaticano.
'Mas da escuridão e da lama - continuou - emerge com a fé que ajuda a encontrar a bússola entre as trevas, a mão de Deus, para redescobrir o amor e a verdade', acrescentou.
O líder religioso se referiu ao Deus que cria o mundo para no final ver que 'tudo é muito lindo', disse.
Tudo isso, afirmou o papa, 'está em contradição com o mal neste mundo, o sofrimento, a corrupção (...) como se o diabo quisesse contaminar permanentemente a criação, para contradizer Deus e brigar com sua verdade e sua beleza'.
Após a experiência espiritual dos últimos dias, o papa Bento XVI agradeceu à Cúria por esses oito anos que levaram com ele, 'com grande competência, afeto, amor e fé o peso de ministério petrino'.
Depois, em sua primeira aparição depois uma semana de exercícios espirituais, o papa recebeu em audiência privada de pouco mais de meia hora o presidente da República da Itália, Giorgio Napolitano e sua esposa.
Bento XVI disse a Napolitano que rezará pela Itália, agradeceu por sua amizade e manifestou seus melhores votos para o bem da Itália, 'particularmente nestes tempos'.
Napolitano transmitiu a gratidão do povo italiano pelo magistério que Bento XVI desempenhou e garantiu ao pontífice que a gratidão e o afeto do povo italiano o acompanharão pelos próximos anos.
Por outro lado, a Secretaria de Estado da Santa Sé rejeitou hoje as 'tentativas de condicionar os cardeais, com vistas ao Conclave, com a divulgação de notícias frequentemente não verificadas ou verificáveis e, portanto, falsas, com grande prejuízo a pessoas e instituições'.
A Secretaria de Estado da Santa Sé, mediante uma nota publicada no site da 'Rádio Vaticana', lembrou que 'a liberdade' do Colégio Cardinalício, 'cuja missão é a de proporcionar um novo papa à Igreja Católica, sempre foi defendida pela Igreja, para garantir uma eleição baseada unicamente em decisões em prol da Igreja'.
O modo atual com que se tenta influir nos cardeais mudou - afirma - e, atualmente, 'tenta-se alterar a opinião pública através de argumentos e valorações que não refletem a atmosfera espiritual que a Igreja está vivendo'.
'É deplorável que, ao se aproximar a data do Conclave, se multiplique a divulgação de notícias frequentemente não verificadas que causam um grande prejuízo à instituição e a seus integrantes', concluiu.
Por sua vez, o porta-voz vaticano, o jesuíta Federico Lombardi, também denunciou hoje a existência das mesmas pressões que a Secretaria de Estado lamenta, para condicionar o livre exercício de voto no Conclave, já que vários cardeais estão sendo 'considerados indesejáveis por uma razão ou por outra'.
Além de um editorial escrito hoje para a 'Rádio Vaticana', em que Lombardi declara que 'o caminho da Igreja nas últimas semanas do pontificado do papa Bento XVI, até a eleição do novo papa através da Sé Vacante' e o Conclave, é 'muito difícil, dada a novidade da situação', o jesuíta compareceu em uma breve entrevista coletiva no Vaticano.
Lombardi assegurou que nem todos os meios de comunicação podem ser acusados de publicar rumores, mas indicou que é o caso de alguns veículos italianos e de vários estrangeiros que continuam difamando, são notícias que falam de uma 'forma negativa e premeditada'.
E o representante fez um apelo à imprensa para informar com comedimento sobretudo quanto ao que acontece na Igreja Católica. EFE
Cidade do Vaticano.- O papa Bento XVI afirmou neste sábado que 'o demônio sempre tenta sujar a criação de Deus' através 'do mal deste mundo, do sofrimento e da corrupção', perante os membros da Cúria romana e o cardeal Gianfranco Ravasi, diretor dos exercícios espirituais.
'Escuridão e sujeira. O mal trabalha para escurecer, para sujar a beleza de Deus', afirmou o papa, que em 28 de fevereiro renunciará a seu pontificado, após uma semana de exercícios espirituais na capela 'Redemptoris Mater' do Vaticano.
'Mas da escuridão e da lama - continuou - emerge com a fé que ajuda a encontrar a bússola entre as trevas, a mão de Deus, para redescobrir o amor e a verdade', acrescentou.
O líder religioso se referiu ao Deus que cria o mundo para no final ver que 'tudo é muito lindo', disse.
Tudo isso, afirmou o papa, 'está em contradição com o mal neste mundo, o sofrimento, a corrupção (...) como se o diabo quisesse contaminar permanentemente a criação, para contradizer Deus e brigar com sua verdade e sua beleza'.
Após a experiência espiritual dos últimos dias, o papa Bento XVI agradeceu à Cúria por esses oito anos que levaram com ele, 'com grande competência, afeto, amor e fé o peso de ministério petrino'.
Depois, em sua primeira aparição depois uma semana de exercícios espirituais, o papa recebeu em audiência privada de pouco mais de meia hora o presidente da República da Itália, Giorgio Napolitano e sua esposa.
Bento XVI disse a Napolitano que rezará pela Itália, agradeceu por sua amizade e manifestou seus melhores votos para o bem da Itália, 'particularmente nestes tempos'.
Napolitano transmitiu a gratidão do povo italiano pelo magistério que Bento XVI desempenhou e garantiu ao pontífice que a gratidão e o afeto do povo italiano o acompanharão pelos próximos anos.
Por outro lado, a Secretaria de Estado da Santa Sé rejeitou hoje as 'tentativas de condicionar os cardeais, com vistas ao Conclave, com a divulgação de notícias frequentemente não verificadas ou verificáveis e, portanto, falsas, com grande prejuízo a pessoas e instituições'.
A Secretaria de Estado da Santa Sé, mediante uma nota publicada no site da 'Rádio Vaticana', lembrou que 'a liberdade' do Colégio Cardinalício, 'cuja missão é a de proporcionar um novo papa à Igreja Católica, sempre foi defendida pela Igreja, para garantir uma eleição baseada unicamente em decisões em prol da Igreja'.
O modo atual com que se tenta influir nos cardeais mudou - afirma - e, atualmente, 'tenta-se alterar a opinião pública através de argumentos e valorações que não refletem a atmosfera espiritual que a Igreja está vivendo'.
'É deplorável que, ao se aproximar a data do Conclave, se multiplique a divulgação de notícias frequentemente não verificadas que causam um grande prejuízo à instituição e a seus integrantes', concluiu.
Por sua vez, o porta-voz vaticano, o jesuíta Federico Lombardi, também denunciou hoje a existência das mesmas pressões que a Secretaria de Estado lamenta, para condicionar o livre exercício de voto no Conclave, já que vários cardeais estão sendo 'considerados indesejáveis por uma razão ou por outra'.
Além de um editorial escrito hoje para a 'Rádio Vaticana', em que Lombardi declara que 'o caminho da Igreja nas últimas semanas do pontificado do papa Bento XVI, até a eleição do novo papa através da Sé Vacante' e o Conclave, é 'muito difícil, dada a novidade da situação', o jesuíta compareceu em uma breve entrevista coletiva no Vaticano.
Lombardi assegurou que nem todos os meios de comunicação podem ser acusados de publicar rumores, mas indicou que é o caso de alguns veículos italianos e de vários estrangeiros que continuam difamando, são notícias que falam de uma 'forma negativa e premeditada'.
E o representante fez um apelo à imprensa para informar com comedimento sobretudo quanto ao que acontece na Igreja Católica. EFE