Placa da Odebrecht: agentes do Ministério Público do Panamá estiveram nas casas de Ramon Fonseca Mora e Jurgen Mossack, do escritório Mossack-Fonseca (Paulo Whitaker/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de fevereiro de 2017 às 11h27.
Cidade do Panamá - Procuradores panamenhos anticorrupção fizeram buscas nas casas de sócios de um escritório de advocacia acusado de criar contas offshore que permitiram que a Odebrecht direcionasse propinas para vários países.
Agentes do Ministério Público do Panamá estiveram nas casas de Ramon Fonseca Mora e Jurgen Mossack, do escritório Mossack-Fonseca. Os dois advogados estão sob custódia para interrogatório desde quinta-feira, quando a sede do escritório de advocacia foi revistado.
Fonseca afirmou que o caso na realidade busca um "bode expiatório" para evitar uma verdadeira investigação sobre quem recebeu propina da construtora.
A Odebrecht admitiu pagar cerca de US$ 800 milhões em propina em toda a América Latina.
No ano passado, o Mossack-Fonseca foi foco do escândalo "Panama Papers", após milhares de páginas de documentos relacionados a contas offshore terem sido vazados, revelando tentativas de clientes ricos de sonegar impostos em seus respectivos países. Fonte: Associated Press.