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Palestinos e israelenses retomam negociações no Cairo

Negociações ocorrem depois que o exército israelense anunciou ter matado dois palestinos acusados de ter assassinado três jovens israelenses em junho

Crianças palestinas brincam nos escombros de uma mesquita da Faixa de Gaza destruída por bombardeios israelenses (Said Khatib/AFP)

Crianças palestinas brincam nos escombros de uma mesquita da Faixa de Gaza destruída por bombardeios israelenses (Said Khatib/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2014 às 16h06.

Cairo - Palestinos e israelenses retomaram nesta terça-feira, no Cairo, as negociações indiretas sobre uma trégua a longo prazo na Faixa de Gaza, quase um mês depois da assinatura de um cessar-fogo, informou a agência de notícias oficial Mena.

Estas negociações, auspiciadas pelo Egito, ocorrem depois que o exército israelense anunciou ter matado dois palestinos acusados de ter assassinado três jovens israelenses em junho.

O assassinato destes jovens marcou o início do recente conflito em Gaza que em 50 dias acabou com a vida de quase 2.200 palestinos e mais de 70 no lado israelense.

O anúncio da morte dos dois palestinos perturbou a retomada das negociações.

Ezat Al-Rishq, um responsável do movimento islamita do Hamas, no poder na Faixa de Gaza, afirmou à AFP que a delegação palestina deu meia volta quando soube do ocorrido.

"As negociações atrasaram duas horas", disse Rishq, que classificou de assassinato a morte dos dois palestinos, Marwan Qawasmeh e Amer Abu Eisheh, acusados por Israel de pertencimento ao Hamas.

As negociações desta terça-feira buscam um acordo sobre um calendário para as negociações, que devem continuar depois da festa muçulmana do sacrifício Aid al-Adha, realizada na primeira semana de outubro, informou um responsável palestino.

As duas partes falarão da reconstrução de Gaza, da construção de um porto, da renovação do aeroporto e da troca de prisioneiros palestinos pelos restos mortais de soldados israelenses.

Também está previsto que as facções palestinas (o Fatah do presidente Mahmud Abbas e seu rival Hamas) dialoguem para tentar resolver suas divergências.

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