Palestinos e israelenses pedem reconhecimento da Palestina
100 representantes cristãos palestinos e quase 700 membros da sociedade civil israelense pediram à Europa avanço no reconhecimento do Estado palestino
Da Redação
Publicado em 17 de novembro de 2014 às 10h18.
Jerusalém - Mais de 100 representantes cristãos palestinos e quase 700 membros da sociedade civil israelense pediram à Europa avanço no reconhecimento do Estado da Palestina como única solução para a paz.
Em comunicado enviado nesta segunda-feira à Agência Efe, responsáveis de diversas igrejas, intelectuais, políticos e diplomatas criticam que "a comunidade internacional, e a Europa em particular, por não fazerem o suficiente para conseguir uma paz justa e duradoura".
"Não podemos continuar deixando nosso direito à liberdade e a autodeterminação como uma prerrogativa israelense", relatou o grupo na nota, à qual também se somaram cerca de 20 organizações cristãs.
"Temos o direito natural de ser livres e a Europa tem a obrigação moral, legal e política de fazer Israel responsável e de apoiar as iniciativas palestinas não violentas para terminar com a ocupação e reconhecer o Estado da Palestina sobre as fronteiras de 1967 e Jerusalém Oriental como sua capital", detalhou.
De acordo com este grupo de cristãos palestinos, esse é o momento de a Europa perceber que o único caminho para acabar com o extremismo e o terrorismo é trazer a justiça para todos. A proposta coincide com outra parecida promovida alguns dias atrás por figuras da sociedade civil israelense para pedir, em particular ao Estado espanhol, que siga o exemplo da Suécia e opte pelo reconhecimento do Estado palestino, que será submetido a debate amanhã no parlamento da Espanha.
A iniciativa israelense, que hoje somou mais nomes, conta com nomes que receberam o Prêmio Príncipe das Astúrias, jornalistas e acadêmicos. Recentemente, a proposta conseguiu a adesão do aclamado escritor David Grossman, "talvez a assinatura de maior relevância em nosso pedido", explicou à Efe Alon Liel, antigo diretor do Ministério israelense de Relações Exteriores.
"Eu nasci aqui. Sou israelense, fiz o serviço militar e acho que sem o Estado da Palestina perderemos nosso país, o estado democrático e judeu no qual queremos viver", destacou Liel, que apontou que "a decisão a ser debatida no parlamento espanhol é crítica e de vital importância. Estamos no começo do momento europeu com estes passos já dados pela Suécia e pelo Reino Unido. A Espanha debater o tema é de crucial importância, agora que é membro do Conselho de Segurança", declarou.
Liel insistiu na necessidade de defender a solução de dois Estados que coexistam nas fronteiras de 1967, da mesma forma que a chefe da diplomacia europeia, Federica Moguerini, fez durante recente visita a Jerusalém.
"Devemos perseguir na ideia dos dois Estados. Muita gente se rendeu e cada vez está mais ameaçada", afirmou.
"A chamada à Europa é para que nos salve, para que salve a solução dos dois Estados porque a tensão, inclusive o ódio que há entre israelenses e palestinos, já não nos permite discutir sobre a paz. A Europa pode obrigar às partes a falar sobre esta ideia", concluiu Liel.
Jerusalém - Mais de 100 representantes cristãos palestinos e quase 700 membros da sociedade civil israelense pediram à Europa avanço no reconhecimento do Estado da Palestina como única solução para a paz.
Em comunicado enviado nesta segunda-feira à Agência Efe, responsáveis de diversas igrejas, intelectuais, políticos e diplomatas criticam que "a comunidade internacional, e a Europa em particular, por não fazerem o suficiente para conseguir uma paz justa e duradoura".
"Não podemos continuar deixando nosso direito à liberdade e a autodeterminação como uma prerrogativa israelense", relatou o grupo na nota, à qual também se somaram cerca de 20 organizações cristãs.
"Temos o direito natural de ser livres e a Europa tem a obrigação moral, legal e política de fazer Israel responsável e de apoiar as iniciativas palestinas não violentas para terminar com a ocupação e reconhecer o Estado da Palestina sobre as fronteiras de 1967 e Jerusalém Oriental como sua capital", detalhou.
De acordo com este grupo de cristãos palestinos, esse é o momento de a Europa perceber que o único caminho para acabar com o extremismo e o terrorismo é trazer a justiça para todos. A proposta coincide com outra parecida promovida alguns dias atrás por figuras da sociedade civil israelense para pedir, em particular ao Estado espanhol, que siga o exemplo da Suécia e opte pelo reconhecimento do Estado palestino, que será submetido a debate amanhã no parlamento da Espanha.
A iniciativa israelense, que hoje somou mais nomes, conta com nomes que receberam o Prêmio Príncipe das Astúrias, jornalistas e acadêmicos. Recentemente, a proposta conseguiu a adesão do aclamado escritor David Grossman, "talvez a assinatura de maior relevância em nosso pedido", explicou à Efe Alon Liel, antigo diretor do Ministério israelense de Relações Exteriores.
"Eu nasci aqui. Sou israelense, fiz o serviço militar e acho que sem o Estado da Palestina perderemos nosso país, o estado democrático e judeu no qual queremos viver", destacou Liel, que apontou que "a decisão a ser debatida no parlamento espanhol é crítica e de vital importância. Estamos no começo do momento europeu com estes passos já dados pela Suécia e pelo Reino Unido. A Espanha debater o tema é de crucial importância, agora que é membro do Conselho de Segurança", declarou.
Liel insistiu na necessidade de defender a solução de dois Estados que coexistam nas fronteiras de 1967, da mesma forma que a chefe da diplomacia europeia, Federica Moguerini, fez durante recente visita a Jerusalém.
"Devemos perseguir na ideia dos dois Estados. Muita gente se rendeu e cada vez está mais ameaçada", afirmou.
"A chamada à Europa é para que nos salve, para que salve a solução dos dois Estados porque a tensão, inclusive o ódio que há entre israelenses e palestinos, já não nos permite discutir sobre a paz. A Europa pode obrigar às partes a falar sobre esta ideia", concluiu Liel.