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Palestina aposta na incerteza do mundo árabe para firmar paz com Israel

Embaixador da OLP nos EUA afirmou que palestinos continuarão buscando seu pleno reconhecimento como membro das Nações Unidas, apesar da tentativa frustrada de setembro

Para representante da OLP, Palestina já tem apoio suficiente para se transformar em um membro de direito da Unesco (Lior Mizrahi/Getty Images)

Para representante da OLP, Palestina já tem apoio suficiente para se transformar em um membro de direito da Unesco (Lior Mizrahi/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2011 às 18h38.

Washington- O embaixador da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) nos Estados Unidos, Maen Rashid Ereikat, solicitou nesta terça-feira que não se desperdice o momento atual para negociar a paz com Israel, em um contexto de mudança e incerteza no mundo árabe.

'O momento agora é muito apropriado para que os dois lados busquem um fim para este conflito, antes de esperar que a poeira baixe (nos países árabes). Não sabemos quem vai governar Síria, Egito, Iêmen ou Jordânia', disse o diplomata em entrevista coletiva em Washington.

Ereikat afirmou que, na tentativa de alcançar a paz com Israel, os palestinos continuarão buscando seu pleno reconhecimento como membro das Nações Unidas, apesar da tentativa frustrada de setembro.

Segundo o representante, a Palestina considera que se abre uma nova oportunidade em janeiro de 2012, com a mudança de parte dos membros temporários, e que avaliarão as opções apresentadas a este respeito.

Lembrou também que a Palestina já tem apoio suficiente para se transformar em um membro de direito da Unesco, e frisou que não entende porque Israel os pune por se unirem a um organismo da ONU relacionado com ciência, educação e cultura.

Além disso, considerou que não é o momento para as negociações diretas propostas pelos Estados Unidos, até que Israel aceite a volta às fronteiras de 1967 e retire os assentamentos em Jerusalém Oriental.


'Desde que o primeiro-ministro israelense (Benjamin) Netanyahu tomou posse, se falou muito sobre paz e soluções, mas na hora de concretizar essas ideias não enviou propostas com conteúdo', comentou.

Segundo Ereikat, a ideia de conversas diretas representa uma mudança das regras do jogo e um atraso, depois que um acordo definiu que as propostas sobre fronteiras e segurança sejam enviadas através do Quarteto de Madri - formado por EUA, Rússia, União Europeia (UE) e ONU.

O diplomata chamou de 'politicamente imaturos' os congressistas americanos que se negaram a recebê-lo, e os que criticaram o hasteamento desde janeiro da bandeira palestina na sede da OLP em Washington. 

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