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Países bálticos constroem 'linha de defesa' conjunta na fronteira com Rússia e Bielorrússia

Anúncio foi feito um dia depois da Otan, aliança militar ocidental da qual os bálticos fazem parte, mobilizarem 90 mil soldados para exercícios militares, na maior convocação desde a Guerra Fria

Fronteira da Finlândia, que aderiu recentemente à Otan, com a Rússia (Lauri Heino/Getty Images)

Fronteira da Finlândia, que aderiu recentemente à Otan, com a Rússia (Lauri Heino/Getty Images)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 19 de janeiro de 2024 às 19h09.

Os países bálticos — Estônia, Letônia e Lituânia — assinaram um acordo nesta sexta-feira pela construção de uma "linha de defesa" conjunta contra possíveis ameaças militares na fronteira com a Rússia e a Bielorrússia, anunciaram os ministros da Defesa estoniano e letão.

Ex-repúblicas soviéticas, as nações vivem sob o trauma do expansionismo russo, temendo que a invasão à Ucrânia possa atingir seus territórios.

De acordo com o comunicado, "Estônia, Letônia e Lituânia construirão instalações defensivas antitanque nos próximos anos para dissuadir e, se necessário, se defender de ameaças militares". Segundo o texto, as instalações defensivas serão implantadas "nas fronteiras com a Rússia e a Bielorrússia".

Em uma mensagem na rede social X (ex-Twitter), o ministro letão da Defesa, Andris Spruds, indicou que será uma "linha de defesa báltica para proteger o flanco oriental da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e privar nossos adversários de sua liberdade de movimento".

Segundo seu homólogo estoniano, Hanno Pevkur, a necessidade de realizar esse projeto comum "decorre da situação atual em termos de segurança".

"A guerra realizada pela Rússia na Ucrânia mostrou que, além de equipamentos, munições e homens, instalações defensivas físicas na fronteira também são necessárias", destacou Pevkur, citado no comunicado.

O anúncio ocorre um dia depois da Otan — aliança da qual os bálticos fazem parte — convocar 90 mil soldados para exercícios militares a partir da próxima semana, a maior mobilização da aliança militar do Ocidente desde a Guerra Fria. Apelidado de “Defensor Fiel” (Steadfast Defender), o exercício foi mobilizado em um momento em que o bloco revisa suas estratégias de defesa após a invasão da Ucrânia. A previsão inicial é de que dure até maio.

As simulações acontecerão, em parte, na América do Norte e também na Europa continental, no limite oriental do bloco. Os militares treinarão para um cenário de invasão russa a um dos países membros. Em uma delas, os soldados simularão um deslocamento rápido para a Polônia, membro da Otan e vizinha da Ucrânia. Há a previsão de, em outro momento do treinamento, os soldados irem aos bálticos e à Noruega, que fazem fronteira com o território russo.

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