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Países árabes observam com cautela protestos do Egito

Medo dos vizinhos é de que crise política se estenda pela região

Netanyahu, premiê de Israel: país expressou apoio a Mubarak, com medo de novo governo (Getty Images)

Netanyahu, premiê de Israel: país expressou apoio a Mubarak, com medo de novo governo (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2011 às 16h13.

Cairo - Os líderes árabes observam os protestos populares do Egito com "cautela", à espera de que a situação se esclareça, e com "medo" de que a crise possa se estender por seus países, como garantiram à Agência Efe vários especialistas árabes.

"A situação no Egito é incerta, não se pode prever o que ocorrerá no final, portanto os Governos do Golfo e os vizinhos (do Egito) observam com cautela os fatos porque muito possivelmente isto tenha consequências em seus países", disse nesta quinta-feira à agência Efe o analista no mundo árabe do Centro de Estudos Estratégicos Al-Ahram, Mohammed Abbas.

Nos primeiros dias da revolta, o rei jordaniano Abdullah II se limitou a expressar seu desejo de que fosse mantida a segurança e a estabilidade no Egito, em comunicado oficial.

No Líbano, fontes ligadas à Presidência e ao Governo evitaram falar sob o pretexto que o país está centrado na atualidade nos graves problemas internos que enfrenta.

Os únicos líderes árabes que até o momento parecem ter tomado uma postura pública mais contundente sobre o sucedido no país da desembocadura do Nilo foram o rei saudita, Abdullah bin Abdul Aziz, e o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki.

Quem demonstrou apoio sem fissuras a Mubarak foi Israel, por meio de seu chefe de Estado, Shimon Peres, que no último dia 31 de janeiro disse que "sempre teve e tem grande respeito pelo presidente Mubarak".

Egito, junto à Jordânia, são os únicos países árabes que assinaram a paz com Israel.

Como mostra do medo que inspiram os protestos, Abbas citou os casos da Argélia, Iêmen e Jordânia, que "se movimentaram para satisfazer algumas das exigências populares", embora para o analista "estas concessões são ainda limitadas".

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