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Padre desaparece em Bangladesh às vésperas da visita do Papa

As forças de segurança iniciaram uma operação para encontrar Walter William Rosario, de 40 anos, que pode ter sido vítima de um sequestro

Papa: autoridades não descartam a possibilidade de um sequestro por extremistas islâmicos (Franco Origlia/Getty Images)

Papa: autoridades não descartam a possibilidade de um sequestro por extremistas islâmicos (Franco Origlia/Getty Images)

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AFP

Publicado em 29 de novembro de 2017 às 09h56.

Um padre católico desapareceu em Bangladesh, anunciou a polícia nesta quarta-feira, o que provoca grande preocupação na véspera da visita do Papa Francisco ao país do Sudeste Asiático.

As forças de segurança iniciaram uma operação para encontrar Walter William Rosario, de 40 anos, que pode ter sido vítima de um sequestro.

"Está desaparecido desde segunda-feira à noite. Seu telefone celular está desligado", declarou à AFP Biplob Bijoy Talukder, chefe de polícia local.

As autoridades não descartam a possibilidade de um sequestro por extremistas islâmicos. No ano passado, no entanto, outro padre foi sequestrado por criminosos comuns que pediram resgate.

O padre Rosario, que dirige uma escola católica no distrito de Natore (oeste), atua perto de sua cidade de origem, onde supostos extremistas mataram no ano passado um cristão.

Bangladesh registrou nos últimos anos um aumento dos ataques jihadistas. Mas a repressão do governo, após um atentado em uma cafeteria de Dacca em 2016, parece ter enfraquecido estes movimentos.

O arcebispo da cidade vizinha de Rajshahi, Gerves Rosario, acredita que o religioso foi sequestrado e citou a grande preocupação de sua comunidade.

"Estava organizando a viagem de 300 católicos a Dacca para ver o papa e assistir a santa missa. Mas o desaparecimento prejudicou a festa. Agora não querem mais ir a Dacca", disse.

Francisco chegará na quinta-feira a Bangladesh para a primeira viagem de um papa a este país desde 1986.

Sua visita está dominada pela crise humanitária dos rohingyas de Mianmar: mais de 620.000 deles buscaram refúgio no vizinho Bangladesh desde o fim de agosto para fugir da violência que a ONU chamou de "limpeza étnica".

Os cristãos representam menos de 0,5% dos 160 milhões de habitantes de Bangladesh, um país onde 90% da população é muçulmana.

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