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Padre da Flórida é condenado por abuso sexual de menor

Arquidiocese de Miami acrescentou que "segue rezando pelas vítimas assim como por todos os jovens que sofreram abusos por um adulto em posição de confiança"


	Martelo de juiz: Doherty, de 69 anos, já estava preso há dois anos e tinha decidido não contestar as acusações que foram apresentadas contra ele
 (Getty Images)

Martelo de juiz: Doherty, de 69 anos, já estava preso há dois anos e tinha decidido não contestar as acusações que foram apresentadas contra ele (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2013 às 18h00.

Miami - O sacerdote aposentado Neil Doherty, acusado de ter abusado de dezenas de crianças, foi condenado nesta segunda-feira, na Flórida, a 15 anos de prisão por crimes como drogar e abusar de um menor que vivia próximo da paróquia em que o religioso atuava.

"Com a sentença de hoje foi feita a justiça. Neil Doherty foi removido do Ministério sacerdotal pelo arcebispo (John) Favalora em abril de 2002", disse a Arquidiocese de Miami após a sentença ser proferida.

Em comunicado, a Arquidiocese acrescentou que "segue rezando pelas vítimas assim como por todos os jovens que sofreram abusos por um adulto em posição de confiança" e afirmou que o fato de que "um padre seja protagonista de tal escândalo nos envergonha".

Doherty, de 69 anos, já estava preso há dois anos e tinha decidido não contestar as acusações que foram apresentadas contra ele, embora em nenhum momento tenha negado ou confirmado. O juiz Kenneth Gillespie condenou o sacerdote à máxima pena possível.

O ex-sacerdote católico, que é um dos padres acusados de pedofilia mais conhecidos nos Estados Unidos, compareceu perante o tribunal algemado, segundo imagens divulgadas por meios de imprensa locais.


Segundo os advogados de defesa, Doherty ganhou a confiança da vítima, que hoje tem 26 anos, e abusou sexualmente repetidas vezes dela quando era um menor que vivia perto da Igreja Católica de San Vicente, em Margate (norte de Miami), onde o então sacerdote realizava seu trabalho pastoral.

O condenado acumula dezenas de processos por cometer "atos lascivos" contra menores no sul da Flórida, delitos que segundo os advogados, inicialmente foram escondidos pela Igreja, que o transferiu de paróquia quando as acusações tornaram-se públicas.

Um júri de Miami concedeu em 2011 uma indenização de US$ 100 milhões a outro homem que acusou Doherty de abusar sexualmente dele quando era um adolescente de 14 anos em meados dos anos 80.

Tanto o ex-sacerdote católico como a Arquidiocese de Miami foram objeto de várias acusações, entre elas por supostamente conhecer a situação e não tomar medidas para evitá-la.

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