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Pacote de reformas está pronto, diz ministro grego

"Estamos bem próximos de chegar a um acordo. Temos pronto um pacote robusto de medidas", afirma


	Euclid Tsakalotos: "estamos bem próximos de chegar a um acordo. Temos pronto um pacote robusto de medidas", disse
 (Yorgos Karahalis/Bloomberg)

Euclid Tsakalotos: "estamos bem próximos de chegar a um acordo. Temos pronto um pacote robusto de medidas", disse (Yorgos Karahalis/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2016 às 15h17.

Atenas - As negociações entre a Grécia e os credores internacionais sobre a próxima rodada do plano de resgate financeiro do país estão suspensas até a próxima semana, mas a proposta de Atenas está pronta, afirmou hoje o ministro das Finanças, Euclid Tsakalotos.

"Estamos bem próximos de chegar a um acordo. Temos pronto um pacote robusto de medidas", disse o dirigente grego após a reunião de ontem, que não conseguiu chegar a um acordo.

Os negociadores devem voltar a se reunir na próxima segunda-feira e a meta é selar um acordo até 25 ou 26 de abril, quando Tsakalotos se reunirá com os demais ministros das Finanças do bloco.

O dirigente também afirmou que Atenas e os credores estão próximos de um consenso sobre a escala dos novos impostos e sobre a reforma do sistema de pensões do país. Um projeto de lei deve ser enviado na próxima semana ao Parlamento.

"A legislação será avaliada ao final do mês e há tempo para fazer ajustes", disse. "É correto que tenhamos que ouvir a opinião das instituições. Mas, como um país soberanos, nós temos a última palavra."

O governo de esquerda da Grécia quer terminar o mais rápido possível essa nova rodada de negociações, que permitiria ao país negociar com credores um possível perdão da dívida. Apesar de anos de medidas de austeridade, a dívida do país deve atingir cerca de 325 bilhões de euros este ano, ou 190% do PIB, um nível considerado insustentável pelos mercados.

Embora uma redução imediata da dívida grega não seja antecipada, credores dizem que estão dispostos a considerar outras medidas, como a extensão dos pagamentos ou o corte dos juros.

As novas medidas econômicas propostas também têm gerado protestos por parte de associações profissionais e sindicatos, que temem os efeitos das medidas.

O maior sindicato grego, a GSEE, planeja uma greve geral de 48 horas no final do mês. "Nossa luta vai continuar até que o governo abandone essas medidas e políticas que já destruíram direitos trabalhistas de toda a sociedade grega", disse a entidade em comunicado.

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