Mundo

Oxfam pede desculpas por escândalo sexual após terremoto no Haiti

O representante regional da organização britânica Oxfam lamentou o ocorrido e afirmou que os fatos estão sendo investigados "para ver como seguir"

Oxfam: depois que o escândalo foi revelado alguns dos mais importantes diretores foram demitidos e outros renunciaram. As autoridades do Reino Unido também abriram uma investigação sobre como a organização geriu o escândalo sexual (Andres Martinez Casares/Reuters)

Oxfam: depois que o escândalo foi revelado alguns dos mais importantes diretores foram demitidos e outros renunciaram. As autoridades do Reino Unido também abriram uma investigação sobre como a organização geriu o escândalo sexual (Andres Martinez Casares/Reuters)

E

EFE

Publicado em 19 de fevereiro de 2018 às 17h17.

Porto Príncipe - O representante regional da organização britânica Oxfam, Simon Ticehurst, pediu desculpas ao Haiti nesta segunda-feira depois de ser divulgado que diretores e voluntários da ONG contrataram prostitutas após o terremoto que devastou o país em 2010.

"Estamos aqui para apresentar as nossas desculpas ao povo haitiano e ao governo", afirmou Ticehurst, em declarações a jornalistas durante uma reunião com o ministro do Planejamento e de Cooperação Externa, Aviol Fleurant, para falar sobre o caso revelado recentemente pelo jornal britânico "The Times".

Ticehurst afirmou que entregou relatórios ao governo e que irá cooperar com as investigações.

"Lamentamos o que aconteceu e vamos ver o que acontecerá no futuro", acrescentou.

Fleurant explicou que a Oxfam "admitiu a utilização de prostitutas em suas dependências em 2011" e que algumas pessoas foram demitidas, mas que o Estado haitiano não foi informado a respeito.

"Agora, estamos investigando os fatos para ver como seguir", disse ele, acrescentando que as responsabilidades são individuais, mas que a Oxfam reconhece que houve crime por parte dos ex-funcionários.

O ministro de Relações Exteriores do Haiti, Antonio Rodrigue, anunciou na última quinta-feira que o governo vai averiguar as revelações.

Ticehurst disse que, embora a Oxfam seja parceira do governo, é preciso respeitar a lei e defender o interesse dos haitianos.

Na semana passada, o presidente do Haiti, Jovenel Moise, afirmou no Twitter que o que aconteceu "é uma violação extremadamente grave da dignidade humana".

Depois que o escândalo foi revelado alguns dos mais importantes diretores foram demitidos e outros renunciaram. As autoridades do Reino Unido também abriram uma investigação sobre como a Oxfam geriu o escândalo sexual.

Em janeiro de 2010, o Haiti, o país mais pobre do continente americano, foi atingido por um forte terremoto que deixou cerca de 300 mil mortos, além de feridos e desabrigados.

Acompanhe tudo sobre:Assédio sexualDesastres naturaisHaitiONGs

Mais de Mundo

Otan afirma que uso de míssil experimental russo não vai dissuadir apoio à Ucrânia

Líder da Coreia do Norte diz que diálogo anterior com EUA apenas confirmou hostilidade entre países

Maduro afirma que começa nova etapa na 'poderosa aliança' da Venezuela com Irã

Presidente da Colômbia alega ter discutido com Milei na cúpula do G20