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Otan detecta lançamento de mísseis de curto alcance na Síria

Todos os mísseis foram disparados a partir do território sírio e caíram no norte do país


	Sírios mostram o local supostamente destruído pela aterrissagem de um míssil Scud: a Otan não confirmou se os mísseis são de tipo Scud
 (Herve Bar/AFP)

Sírios mostram o local supostamente destruído pela aterrissagem de um míssil Scud: a Otan não confirmou se os mísseis são de tipo Scud (Herve Bar/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 12h43.

Bruxelas - A Otan detectou nos últimos dias o disparo de vários mísseis balísticos de curto alcance na Síria que caíram no norte do país, informou nesta quinta-feira uma fonte da Aliança.

"Detectamos ontem (9 de janeiro) o lançamento de um míssil balístico de curto alcance sem guia dentro da Síria. Isto segue a lançamentos similares em 2 e 3 de janeiro", explicou a fonte.

Segundo essa fonte, todos os mísseis foram disparados a partir do território sírio e caíram no norte do país.

A Aliança Atlântica não confirmou se os mísseis são de tipo Scud, embora esses projéteis estejam dentro da categoria detectada.

"O uso destas armas indiscriminadas mostra um total desprezo pelas vidas dos sírios. É insensato e o condenamos", assinalou a fonte.

Em dezembro do ano passado a Otan já alertou sobre o lançamento dos primeiros Scud na Síria, algo que o secretário-geral, Anders Fogh Rasmussen, considerou "um ato desesperado de um regime próximo a seu colapso".

Os Scud, desenvolvidos pela extinta União Soviética, são mísseis principalmente defensivos e segundo vários analistas representam mais um passo na luta entre o regime de Bashar al Assad e os rebeldes sírios.

Além disso, para a Otan, o lançamento desse tipo de projéteis ressalta a necessidade de proteger a vizinha Turquia, membro da Aliança, embora por enquanto nenhum deles tenha caído no país.

A organização pactuou no final de 2012 o desdobramento de baterias antiaéreas em território turco para garantir a segurança do país frente a possíveis ataques a partir da Síria, depois que durante os meses anteriores foram detectados vários incidentes.

Estados Unidos, Alemanha e Holanda aceitaram levar à Turquia mísseis Patriot e as forças necessárias para operá-los, em um movimento que tem caráter puramente defensivo, segundo insistiu a Otan, que sempre se negou a intervir no conflito sírio. 

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