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Otan ainda é "base fundamental", diz Secretário de Defesa dos EUA

Para James Mattis, a Otan se encontra em meio a uma transformação e "veio se adaptando aos desafios de segurança"

James Mattis: ele também defendeu que países aliados dediquem mais orçamento a essa área (Jonathan Ernst/Reuters)

James Mattis: ele também defendeu que países aliados dediquem mais orçamento a essa área (Jonathan Ernst/Reuters)

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EFE

Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 11h51.

Bruxelas - O secretário de Defesa americano, James Mattis, ressaltou nesta quarta-feira que a Otan continua sendo a "base fundamental" para os Estados Unidos e que o presidente Donald Trump a concede um "forte apoio".

"A Otan continua sendo a base fundamental dos Estados Unidos e de toda a comunidade transatlântica, unidos como estamos. Como o presidente Trump declarou, ele dá forte apoio à Otan", disse Mattis em breve comparecimento à imprensa junto ao secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg.

Mattis, que até a quinta-feira estará envolvido em sua primeira reunião de ministros aliados de Defesa desde que chegou ao cargo, agradeceu pelo "caloroso recebimento" na organização, que considerou a "segunda casa", já que foi comandante supremo de transformação aliado (SACT) por dois anos, até setembro de 2009.

De acordo com o representante americano, a Otan se encontra em meio a uma transformação e "veio se adaptando aos desafios de segurança".

O secretário de Defesa também voltou a deixar clara a mensagem de que é necessário que os países aliados dediquem mais orçamento a essa área.

"É um pedido justo para que todos os que se beneficiam da melhor defesa do mundo assumam sua parte proporcional do necessário custo para defender a liberdade. Não deveríamos nos esquecer nunca que, em última instância, o que defendemos na Otan é a liberdade", comentou.

Mattis se mostrou confiante que "será possível mais uma vez reagir às circunstâncias em transformação, como no passado, para avançar juntos decididamente mais uma vez".

"Estou aqui para escutar meus companheiros ministros, para ter uma conversa franca entre amigos e aliados", analisou, ao dizer que esperava dialogar com os demais "em um nível partilhado de compromisso".

Stoltenberg afirmou que a Otan se encontra em um momento "crítico", com os desafios "mais complexos e exigentes" que "nem Europa nem América do Norte podem enfrentar sozinas".

"Por isso, ressalto o compromisso dos EUA com o vínculo transatlântico, que não vemos só palavras, mas também em fatos", disse, ao lembrar o desdobramento de novas tropas na Polônia e nos países bálticos com parte do reforço planejado no leste.

Sobre o pedido americano de uma repartição "mais justa" das cargas, o político norueguês lembrou que essa foi sua "principal prioridade" desde que chegou ao cargo.

Stoltenberg também disse que a Otan continuará a avaliar o que mais poderá fazer para contribuir com a luta antiterrorista.

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