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Os políticos que já sucumbiram com a crise

Pesquisa indica vitória de Hollande na França; Sarkozy entra para o time dos políticos que perderam poder em um dos períodos mais sombrios da Europa

(Kenzo Tribouillard/AFP)

Talita Abrantes

Publicado em 23 de agosto de 2012 às 20h38.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h23.

São Paulo – O mau tempo que atinge as economias da União Europeia não coloca para baixo apenas as contas públicas. Pelo menos, sete governos já caíram desde 2011 por conta da crise que assola a região. E o francês Nicolas Sarkozy deve ser o próximo. Nas eleições pela presidência da França que acontecem neste domingo, o socialista François Hollande é lidera as pesquisas de intenção de voto. Se ganhar, Hollande garante a Sarkozy o título de primeiro presidente francês, em 30 anos, a não conquistar uma reeleição. Confira quais foram os outros políticos que também foram afetados pela crise nas urnas – ou nas ruas.
  • 2. Emil Boc e Mihai Razvan Ungureanu, da Romênia

    2 /7(Daniel Mihailescu/AFP)

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    Em 6 de fevereiro deste ano, o prêmie e todo seu gabinete renunciaram. Decisão foi tomada após protestos contra cortes de gastos do governo. Entre as medidas adotadas por Boc estão corte de salários e elevação de impostos sobre venda. No último dia 27, Mihai Razvan Ungureanu, que assumiu no lugar de Boc, também saiu do poder após uma moção de censura apresentada pela oposição. A Romênia é o segundo país mais pobre da União Europeia.
  • 3. Mark Rutte, da Holanda

    3 /7(Valerie Kuypers/AFP)

  • Em 23 de abril, o primeiro ministro Mark Rutte renuncia após perder apoio do seu principal aliado no Parlamento. Dias antes, o governo não conseguiu aprovar medidas de austeridade. A Holanda é a quinta maior economia da zona do euro. As eleições parlamentares estão previstas para 12 de setembro.
  • 4. George Papandreou, da Grécia

    4 /7(Vladimir Rys/Getty Images)

    Como premier do principal protagonista da crise europeia, renunciou em 9 de novembro do ano passado. A Grécia vive seu quinto ano consecutivo de recessão econômica. Estima-se que, em 2012, economia do país encolha 5%. Neste domingo, os gregos vão às urnas para escolher o novo parlamento.
  • 5. O ex--premiê italiano Silvio Berlusconi

    5 /7(Andreas Solaro/AFP)

    Os escândalos sexuais não foram o único motivo para a renúncia de Silvio Berlusconi em 12 de novembro de 2011. Entre as acusações contra o ex-primeiro-ministro está um esquema de corrupção e o fato de deixar a Itália com uma dívida pública de mais de 120% do Produto Interno Bruto (PIB). Em fevereiro deste ano, o político foi absolvido de um dos quatro processos a que responde na justiça. Ele é acusado de pagar US$ 600 mil a seu ex-advogado para obter um falso testemunho a seu favor. De acordo com as juízas encarregadas do caso, crime teria prescrito.
  • 6. José Luis Rodrigues Zapatero, da Espanha

    6 /7(Eduardo Parra/Getty Images)

    Em 20 de novembro de 2011, o candidato indicado pelo presidente do governo espanhol perde para o conservador Mariano Rajoy nas eleições antecipadas. O declínio político de Zapatero teve início com a série de medidas de austeridade fiscal tomadas em 2010 como resposta à pressão da União Europeia. Atualmente, um quarto da população espanhola está fora do mercado de trabalho.
  • 7. Brian Cowen, da Irlanda

    7 /7(Jeff J Mitchell/Getty Images)

    Em 11 de março de 2011, o primeiro-ministro Brian Cowen perde as eleições. O resultado aconteceu em meio a uma série de medidas impopulares, como redução do salário mínimo. Em 2010, o país fechou o ano com déficit público de 32% do PIB. No ano passado, este número foi três vezes menor. Até agora, o país já recebeu cerca de 16 bilhões de euros do FMI.
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