Os 10 melhores países para viver se você é mulher
Ainda há um longo caminho para igualdade de gêneros na economia, política, educação e saúde, mas alguns países estão se movendo mais rápido do que outros
Vanessa Barbosa
Publicado em 12 de janeiro de 2019 às 07h57.
Última atualização em 12 de janeiro de 2019 às 07h57.
São Paulo -A desigualdade de gênero está diminuindo no mundo, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido até a paridade.No atual ritmo de mudança, as desigualdades entre homens e mulheres na maioria das áreas não serão eliminadas antes de pelo menos 108 anos.
Segundo o Global Gender Gap (Relatório de Lacuna de Gênero Global), divulgado pelo Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), o mundo atingiu o patamar de 68% no índice de disparidade de gênero em 2018, taxa queacrescenta oito anos à estimativa de 2017.
Isso significa que o progresso para reduzir a desigualdade ficou mais lento. Mas no panorama geral, o resultado ainda é positivo:dos 144 países avaliados em 2017 e 2018, 89 pelo menos reduziram marginalmente suas diferenças de gênero enquanto 55 regrediram. Desde 2006, quando foi lançado o primeiro relatório, o hiato geral de gênero reduziu em 3,6%.
O relatório avalia o desempenho dos países em quatro dimensões: participação econômica e oportunidades, conquistas educacionais, saúde e empoderamento político.
Dos quatro pilares medidos, apenas um - a oportunidade econômica - estreitou a lacuna de gênero, em grande parte devido a uma diferença menor de renda entre homens e mulheres, que foi de quase 51% em 2018, e ao número de mulheres em cargos de liderança, que chegou a 34%.
Mas aindaserão necessários 202 anos para que a igualdade econômica entre homens e mulheres seja alcançada em todo o mundo.A organização estima que a lacuna de saúde está quase fechada e que a lacuna de educação será superada em 14 anos.
O WEF também descobriu que levará 107 anos para o mundo alcançar a igualdade política, refletindo o baixo número de mulheres em todos os papéis políticos e particularmente como chefes de Estado. Apenas 18% dos ministros são mulheres e em seis dos 149 países avaliados, nem sequer há mulheres em cargos ministeriais.
O top 10
Alguns países estão se movendo mais rápido do que outros para reduzir as disparidades. Tendo preenchido em mais de 85% o fosso total entre os gêneros, a Islândia ocupa o primeiro lugar no índice pelo décimo ano consecutivo.
Os quatro principais países são todos nórdicos: a Noruega, a Suécia e a Finlândia estão em segundo, terceiro e quarto, respectivamente.
E há uma nova entrada no top 10 deste ano: a Namíbia subiu três lugares para se tornar o segundo país da África Subsaariana entre os líderes depois de Ruanda.
No primeiro índice do Gender Gap em 2006, a Namíbia ficou em 38º lugar. Em 2018, melhorou em mais de 10% em relação ao ano passado, tendo fechado 79% do seu hiato de gênero, em grande parte graças ao aumento da participação de mulheres no parlamento.
Confira abaixo os 10 melhores países para viver se você é mulher:
Ranking | País | Pontuação |
---|---|---|
1 | Islândia | 0.858 |
2 | Noruega | 0.835 |
3 | Suécia | 0.822 |
4 | Finlândia | 0.821 |
5 | Nicarágua | 0.809 |
6 | Ruanda | 0.804 |
7 | Nova Zelândia | 0.801 |
8 | Filipinas | 0.799 |
9 | Irlanda | 0.796 |
10 | Namíbia | 0.789 |