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Ortodoxos celebram Natal no Egito, marcado pelo triunfo islamita

Os cristãos desse país representam menos de 10% da população egípcia e denunciam várias discriminações

Cristão copta assiste à missa na igreja de São Pedro, no Cairo: a missa do Galo será realizada na sede do Patriarcado Copta, na Catedral de Abassiya (AFP/Arquivo / Odd Andersen)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2012 às 10h37.

Cairo - Os cristãos coptas do Egito participarão esta noite da Missa do Galo, que marca o começo do Natal ortodoxo, no meio do triunfo arrasador dos islamitas nas eleições parlamentares que o país está realizando.

Os coptas egípcios celebrarão a noite de Natal sem prestar muita atenção ao resultado das eleições parlamentares, nos quais o Partido Liberdade e Justiça (PLJ), braço político dos Irmãos Muçulmanos, obteve até agora uma cômoda maioria, seguido pelos salafistas do partido Al Nour.

'A política é uma coisa e a celebração das minhas festas é outra. Não importa se governam os salafistas ou os Irmãos Muçulmanos', afirmou à Agência Efe Mina Tadros, um jovem copta de 25 anos.

Tadros explicou que celebrará o Natal 'como sempre', primeiro com a eucaristia e depois rompendo o jejum em um jantar com sua família após 43 dias de abstinência, nos quais são consumidos apenas peixes e vegetais.

A Missa do Galo que será realizada na sede do Patriarcado Copta, na Catedral de Abassiya, terá a presença pela primeira vez na história do Egito de uma delegação dos Irmãos Muçulmanos, em resposta ao convite feito pelo papa da Igreja Ortodoxa Copta, Shenouda III.

O convite foi rejeitado por parte dos islamitas rigorosos da corrente ultraconservadora do salafismo, cujo êxito eleitoral despertou a inquietação em alguns setores do cristianismo copta.

Em anos anteriores, era habitual que altos cargos do regime do deposto presidente Hosni Mubarak fossem à Catedral, entre eles, seus filhos, Gamal e Alaa, em resposta também ao tradicional convite do papa Shenuda.


As estritas medidas de segurança marcarão a celebração da noite de Natal para evitar um ato terrorista similar ao de 2010, que causou a morte de 23 pessoas e feriu outras 90 em uma igreja da cidade mediterrânea de Alexandria.

Algumas igrejas do Cairo decidiram antecipar por precaução o horário da Missa do Galo desta sexta-feira, passando da meia-noite para o fim da tarde, para evitar riscos a seus fiéis.

'Antes deste Natal tínhamos medo de sofrer mais atentados terroristas pelas ameaças que receberam os líderes da Igreja Copta. Agora, nos sentimos melhor após a união de muçulmanos e cristãos na Praça Tahrir para receber juntos o Ano Novo', disse à Efe o ativista copta Najib Guibrail.

Guibrail afirmou que por via das dúvidas foram intensificadas as medidas de segurança e que 'no Natal todas as igrejas estavam repletas de gente', prova de que os cristãos não estão com medo.

Além disso, o ativista mostrou sua satisfação pela visita que o xeque da influente instituição sunita de Al Azhar, Ahmed al Tayeb, faz habitualmente à catedral , 'para felicitar ao papa Shenuda pelo Natal copta'.

Os cristãos do Egito representam menos de 10% da população egípcia e denunciam várias discriminações.

Segundo relatórios da Organização da União Egípcia para os Direitos Humanos, presidida por Guibrail, mais de 100 mil cristãos abandonaram o país depois da Revolução de 25 de janeiro, que derrubou Mubarak, pelo aumento da violência e as agressões contra os coptas e suas igrejas.

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Cairo - Os cristãos coptas do Egito participarão esta noite da Missa do Galo, que marca o começo do Natal ortodoxo, no meio do triunfo arrasador dos islamitas nas eleições parlamentares que o país está realizando.

Os coptas egípcios celebrarão a noite de Natal sem prestar muita atenção ao resultado das eleições parlamentares, nos quais o Partido Liberdade e Justiça (PLJ), braço político dos Irmãos Muçulmanos, obteve até agora uma cômoda maioria, seguido pelos salafistas do partido Al Nour.

'A política é uma coisa e a celebração das minhas festas é outra. Não importa se governam os salafistas ou os Irmãos Muçulmanos', afirmou à Agência Efe Mina Tadros, um jovem copta de 25 anos.

Tadros explicou que celebrará o Natal 'como sempre', primeiro com a eucaristia e depois rompendo o jejum em um jantar com sua família após 43 dias de abstinência, nos quais são consumidos apenas peixes e vegetais.

A Missa do Galo que será realizada na sede do Patriarcado Copta, na Catedral de Abassiya, terá a presença pela primeira vez na história do Egito de uma delegação dos Irmãos Muçulmanos, em resposta ao convite feito pelo papa da Igreja Ortodoxa Copta, Shenouda III.

O convite foi rejeitado por parte dos islamitas rigorosos da corrente ultraconservadora do salafismo, cujo êxito eleitoral despertou a inquietação em alguns setores do cristianismo copta.

Em anos anteriores, era habitual que altos cargos do regime do deposto presidente Hosni Mubarak fossem à Catedral, entre eles, seus filhos, Gamal e Alaa, em resposta também ao tradicional convite do papa Shenuda.


As estritas medidas de segurança marcarão a celebração da noite de Natal para evitar um ato terrorista similar ao de 2010, que causou a morte de 23 pessoas e feriu outras 90 em uma igreja da cidade mediterrânea de Alexandria.

Algumas igrejas do Cairo decidiram antecipar por precaução o horário da Missa do Galo desta sexta-feira, passando da meia-noite para o fim da tarde, para evitar riscos a seus fiéis.

'Antes deste Natal tínhamos medo de sofrer mais atentados terroristas pelas ameaças que receberam os líderes da Igreja Copta. Agora, nos sentimos melhor após a união de muçulmanos e cristãos na Praça Tahrir para receber juntos o Ano Novo', disse à Efe o ativista copta Najib Guibrail.

Guibrail afirmou que por via das dúvidas foram intensificadas as medidas de segurança e que 'no Natal todas as igrejas estavam repletas de gente', prova de que os cristãos não estão com medo.

Além disso, o ativista mostrou sua satisfação pela visita que o xeque da influente instituição sunita de Al Azhar, Ahmed al Tayeb, faz habitualmente à catedral , 'para felicitar ao papa Shenuda pelo Natal copta'.

Os cristãos do Egito representam menos de 10% da população egípcia e denunciam várias discriminações.

Segundo relatórios da Organização da União Egípcia para os Direitos Humanos, presidida por Guibrail, mais de 100 mil cristãos abandonaram o país depois da Revolução de 25 de janeiro, que derrubou Mubarak, pelo aumento da violência e as agressões contra os coptas e suas igrejas.

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