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Órgão venezuelano confirma eleição de Constituinte

A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) se recusou a participar neste processo que qualifica como "fraudulento"

Maduro: a oposição convocou uma manifestação até o CNE com a intenção de protestar contra a Constituinte (Miraflores Palace/Reuters)

Maduro: a oposição convocou uma manifestação até o CNE com a intenção de protestar contra a Constituinte (Miraflores Palace/Reuters)

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EFE

Publicado em 7 de junho de 2017 às 22h14.

Caracas - A presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Tibisay Lucena, informou nesta quarta-feira que foi aprovada a data da eleição da Assembleia Nacional Constituinte para o próximo dia 30 de julho, e também a proposta de submeter a um referendo o texto constitucional que surja deste órgão.

Na sede do CNE, no centro de Caracas, Lucena disse aos jornalistas que no dia 30 de julho serão eleitos os 545 integrantes da Constituinte: 364 mediante a modalidade de votação territorial e 181 no âmbito setorial.

Além disso, destacou que o CNE decidiu acrescentar nas bases comiciais, entregues no último dia 23 de maio pelo presidente Nicolás Maduro, "um artigo com a proposta presidencial de exortar à Constituinte que o resultado dos debates seja encaminhado a um referendo".

A reitora também afirmou que a admissão das postulações dos candidatos a Constituinte será definida entre os dias 11 e 15 de junho, enquanto a campanha política iniciará no dia 9 de julho e se estenderá até três dias antes das eleições.

A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) se recusou a participar neste processo que qualifica como "fraudulento" e, por outro lado, convocou seus simpatizantes a protestar nas ruas.

Hoje a oposição convocou uma manifestação até o CNE com a intenção de protestar contra a Constituinte, mas a marcha foi dispersada pelos corpos de segurança que usaram bombas de gás lacrimogêneo.

Por sua parte, Maduro assegurou hoje que a oposição venezuelana tentará "sabotar" as eleições da Constituinte, mas advertiu que os delitos eleitorais estão contemplados nas leis venezuelanas com penas de prisão.

"Alguns porta-vozes da direita disseram que vão sabotar os centros eleitorais, as mesas eleitorais. Isso é delito em flagrância e deve ser castigado", ressaltou Maduro em um ato governamental que foi transmitido através da emissora estatal "VTV".

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