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Ordem de prisão contra ex-presidente revolta China

China manifestou sua ira depois que a justiça espanhola emitiu ordem de prisão contra ex-presidente por um suposto genocídio no Tibete

O ex-presidente chinês Jiang Zemi: "China está profundamente descontente", declarou porta-voz do ministério de Relações Exteriores chinês (Goh Chai Hin/AFP)

O ex-presidente chinês Jiang Zemi: "China está profundamente descontente", declarou porta-voz do ministério de Relações Exteriores chinês (Goh Chai Hin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2014 às 09h07.

Pequim - A China manifestou nesta terça-feira sua ira depois que a justiça espanhola emitiu uma ordem de prisão contra o ex-presidente chinês Jiang Zemin e o ex-primeiro-ministro chinês Li Peng, no âmbito de uma investigação por um suposto genocídio no Tibete.

"A China está profundamente descontente e se opõe energicamente às ações tomadas sem razão pelas instituições espanholas, sem consideração pela posição da China", declarou Hua Chunying, porta-voz do ministério de Relações Exteriores chinês, em uma coletiva de imprensa.

"Esta questão afeta o bom andamento das relações bilaterais e, portanto, esperamos que o governo espanhol saberá resolver como se deve esta questão", acrescentou Hua.

Além de Jiang, o juiz ordenou a prisão do ex-primeiro-ministro Li Peng e de outras três pessoas.

O juiz espanhol Ismael Moreno, que instrui um caso por suposto genocídio no Tibete nos anos 80-90, emitiu na segunda-feira uma ordem de busca e captura internacional contra o ex-presidente chinês Jiang Zemin, em plena polêmica sobre uma reforma da jurisdição universal da justiça.

Moreno retoma o argumento de uma decisão anterior da Audiência Nacional de 18 de novembro em favor de emitir uma ordem de prisão contra Juang Zemin e o ex-primeiro-ministro chinês Li Peng ao considerar que havia indícios da participação dos dois homens nos incidentes pelos quais são acusados.

O juiz Moreno instrui um caso aberto em 2006, com base no princípio da jurisdição universal, que permite à justiça espanhola desde 2005 perseguir crimes contra a humanidade, como o genocídio, desde que o caso não esteja sendo investigado pela justiça do país envolvido.

A justiça espanhola se considera competente para investigar o caso, já que um dos demandantes, o tibetano no exílio Thubten Wangchen, possui a nacionalidade espanhola, e a justiça chinesa não abriu nenhuma investigação sobre o caso.

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