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Orbán assume 3º mandato consecutivo como primeiro-ministro da Hungria

O conservador Viktor Orbán recebeu 134 votos parlamentares e assumiu pela terceira vez o cargo de primeiro-ministro da Hungria

Hungria: o partido do primeiro-ministro recebeu 49% dos votos nas últimas eleições legislativas (Bernadett Szabo/Reuters)
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EFE

Publicado em 10 de maio de 2018 às 13h47.

Budapeste - O nacionalista e conservador Viktor Orbán tomou posse nesta quinta-feira pela terceira vez seguida para o cargo de primeiro-ministro da Hungria com o apoio no parlamento da grande maioria conseguida pelo seu partido nas eleições de 8 de abril.

Orbán recebeu o apoio de 134 parlamentares, enquanto 28 votaram contra e não houve abstenções dos presentes. Para ser eleito primeiro-ministro é preciso o apoio da metade mais um dos 199 deputados da Câmara. Os ecologistas do LMP e os socialistas nem participaram da votação em protesto, entre outros aspectos, porque Orbán não apresentou programa de governo.

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Nas últimas eleições legislativas, o partido de Orbán, o Fidesz, recebeu apoio de 49% dos eleitores, o que se traduziu em uma maioria de mais de dois terços no parlamento unicameral. Com essa amplíssima maioria, o partido do primeiro-ministro pode promover mudanças constitucionais sozinho.

No novo parlamento o Fidesz conta com 133 deputados, seguido pela extrema direita Jobbik (26), a coalizão entre Partido Socialista e centro-esquerda, Párbeszéd (20), a também esquerdista Coalizão Democrática (9), os ecologistas do LMP (8), assim como um independente, um representante da minoria alemã e um deputado do esquerdista Együtt.

O parlamento húngaro deve anunciar amanhã o novo governo de Orbán com dez ministérios, que será o quarto que ele dirige, já que entre 1998 e 2002 também liderou o país como chefe de um Executivo liberal. Orbán, de 54 anos, já adiantou que os primeiros passos do novo parlamento serão a aprovação de uma emenda constitucional contra o sistema de realocação de refugiados dentro da União Europeia (UE) e uma reforma legislativa para limitar o funcionamento das ONG.

Estas últimas leis preveem, entre outros aspectos, impostos extraordinários de 25% sobre as ONG e a restrição da atuação, tanto de forma profissional quanto geográfica, ao impor limitações de acesso a áreas onde há imigrantes.

O primeiro-ministro antecipou que um dos pontos desta legislatura será a defesa da "cultura cristã", após uma campanha eleitoral na qual fez das críticas à imigração um dos seus grandes temas, apesar de ser um fenômeno muito limitado no país de quase 10 milhões de habitantes. Nas últimas semanas, vários protestos aconteceram em Budapeste - convocados nas redes sociais e sem a participação de partidos - que atraíram milhares de pessoas e que criticaram as políticas de Orbán, com o lema "Somos maioria".

As eleições evidenciaram uma divisão na sociedade húngara, com a maioria dos eleitores urbanos apoiando a oposição em Budapeste e em outras cidades, enquanto a zona rural se mostrava pró Orbán.

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