Apoiadores do oposicionista Leopoldo Lopez durante uma manifestação em Caracas, na Venezuela (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
Da Redação
Publicado em 2 de março de 2014 às 18h05.
Caracas - As reivindicações da oposição da Venezuela e dos estudantes contrários ao governo do presidente, Nicolás Maduro chegaram com força ao Twitter, onde eles tentam convencer, através das hastags #OscarsForVenezuela e #SOSVenezuela, que as estrelas que participarão do Oscar neste domingo mencionem a situação do país.
Jim Carrey e Jared Leto, que inclusive retwittaram algumas das mensagens enviadas, fazem parte da relação de alvos dos twiteiros, que querem aproveitar a audiência da festa para fazer com que a situação ganhe ainda mais repercussão no mundo.
'Extremistas de direita fazem lobby em Hollywood em busca de pronunciamentos contra a Venezuela na entrega de prêmios Oscar!', escreveu ontem em seu Twitter a ministra de Comunicação e Informação venezuelana, Delcy Rodríguez.
O mundo do entretenimento está atento à situação da Venezuela desde o começo dos protestos contra o governo em 12 de fevereiro. Conforme dados oficiais, até o momento há 18 mortos, mais de 260 feridos e centenas de detidos.
Madonna, Rihanna, Miley Cirus, Laura Pausini e Juanes já se manifestaram sobre a situação do país com declarações a favor da paz e, em alguns casos, contra o governo.
O presidente Maduro criticou os artistas internacionais que se pronunciaram sobre a situação de violência que vive o país. Ele os acusa de ser parte da suposta manipulação midiática contra o seu governo e de não entender a realidade venezuelana.
'Agora, os famosos começaram a se declarar contra a Venezuela e se colocar contra o povo venezuelano como se eles pudessem determinar o destino soberano de este povo', disse Maduro.
Na próxima quarta-feira, no marco dos atos de comemoração da morte do presidente Hugo Chávez, será lançado o documentário de Oliver Stone 'Meu amigo Hugo'.
A Venezuela está imersa em uma onda de protestos contra o governo. As manifestações começaram com estudantes, com reivindicações pelos problemas do país, e se somaram as de liberdade para os manifestantes detidos e justiça no caso dos mortos, entre outras.