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Oposição venezuelana insiste em cinco condições para diálogo

Aliança dos partidos de oposição insistiu em uma agenda de cinco pontos que considera "vitais" para poder se sentar para dialogar com Maduro


	Estudantes venezuelanos entram em confronto com a polícia em 12 de março de 2014, em Caracas
 (AFP)

Estudantes venezuelanos entram em confronto com a polícia em 12 de março de 2014, em Caracas (AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2014 às 23h07.

Caracas - A aliança dos partidos de oposição na Venezuela insistiu nesta quinta-feira em uma agenda de cinco pontos que considera "vitais" para poder se sentar para dialogar com o governo.

Após afirmar que "todo o povo venezuelano está farto da violência", da escassez de produtos básicos e da insegurança, a opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD) coloca em um documento suas condições para responder à chamada ao diálogo lançado pelo presidente do país, Nicolás Maduro.

A MUD menciona como primeira condição a liberdade do dirigente opositor Leopoldo López e de "todos os presos políticos", assim como o "retorno dos exilados" e a "anulação das sentenças de criminalização da dissidência".

Como segundo ponto, a aliança opositora coloca "justiça para todas as vítimas da repressão" e uma "investigação independente que culmine em detenção, processo e castigo dos que perpetraram crimes" no marco dos protestos iniciados em 12 de fevereiro quando um protesto pacífico em Caracas terminou com incidentes e três mortos.

A MUD pede, em terceiro lugar, um "fim à fome, ao racionamento e às filas " (filas para conseguir produtos básicos), enquanto como quarto ponto exige o fim da insegurança e da delinquência, em um país com uma alta taxa de criminalidade.

A plataforma opositora chamou, além disso, a um "diálogo verdadeiro, com uma agenda clara, em igualdade de condições e com transmissão ao vivo pelos meios de comunicação com presença de uma pessoa de boa fé, nacional ou estrangeira, que garanta, facilite ou intermedeie".

"São os temas que a aliança de partidos considera de vital importância para entrar em processo de entendimento de busca de solução para a grande crise na qual o país se encontra imerso", assinala o documento.

Maduro instalou em fevereiro a Conferência de Paz como uma janela de diálogo perante os protestos, mas a convocação não contou com a assistência da MUD, que questionou o compromisso do governo a fim da violência.

Um dos que questionou a chamado ao diálogo foi o líder opositor Henrique Capriles, ao assinalar que apesar de ser a favor da paz, não fará parte de um "bloco", em referência ao convite à Conferência de Paz.

Capriles voltou a acusar nesta quinta-feira Maduro via Twitter: "Nicolás te disse mil vezes, não aguenta debater comigo! Além disso, o debate tem que ser nas ruas! Atende o caos que criaste!", sustentou o dirigente opositor e governador do estado Miranda.

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