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Oposição síria se nega a lutar contra tropas de Assad sem apoio da Turquia

"Não podemos enfrentar ninguém sem o apoio turco" afirmou o Exército Livre Sírio, um dos grupos de oposição ao presidente Bashar al Assad

Manjib: região se tornou vital para as forças curdas (Rodi Said//Reuters)

Manjib: região se tornou vital para as forças curdas (Rodi Said//Reuters)

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EFE

Publicado em 28 de dezembro de 2018 às 14h38.

Beirute - O Exército Livre Sírio (ELS), um dos grupos de oposição ao presidente do país, Bashar al Assad, anunciou que não lutará contra as tropas governamentais na região de Manjib a não ser que haja uma cooperação total com a Turquia.

O general Khaled Haius, um dos comandantes do ELS, disse à Agência Efe que não pretende enfrentar as tropas de Al Assad em Manjib, território cedido pelas Forças da Síria Democrática (FSB), milícia curda antes apoiada pelos Estados Unidos.

"Não podemos enfrentar ninguém sem o apoio turco. Por outro lado, a situação está se complicando, mas não ao nosso favor, mas para as Forças da Síria Democrática e do regime (de Al Assad)", afirmou.

As Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG), principal formação que integra as FSD, anunciou hoje que deixaria Manjib para a passagem do Exército Sírio.

Os milicianos pediram ajuda a Al Assad para proteger a fronteira diante da ameaça do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, de lançar uma operação militar contra os curdos.

O ELS estava se preparando para apoiar a ofensiva turca contra a YPG, grupo que é considerado terrorista por Erdogan pela vinculação ao Partido dos Trabalhados do Curdistão (PKK), declarado ilegal.

Segundo agência estatal síria "Sana", as tropas governamentais entraram em Manjib hoje, e os soldados hastearam a bandeira do país.

"As Forças Armadas enviaram tropas à cidade em resposta ao chamado do povo da região de Manjib, com o propósito de impor a soberania do Estado em cada polegada do território da Síria", afirmou a "Sana".

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