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Oposição síria pede boicote a referendo

Eles consideram que o texto mantém o mesmo espírito da atual lei fundamental e concede ao presidente prerrogativas absolutas

Foto divulgada pela oposição síria mostra casa destruída por ataque do Exército na cidade de Homs (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2012 às 09h07.

Beirute - Membros da oposição síria defenderam um boicote ao referendo previsto para 26 de fevereiro sobre uma nova Constituição, pois consideram que o texto mantém o mesmo espírito da atual lei fundamental e concede ao presidente prerrogativas absolutas.

"O projeto de Constituição consagra em seu prólogo e em alguns artigos o espírito do texto atual", afirmam em um comunicado os Comitês Locais de Coordenação (LCC), que coordenam os protestos.

"Outorga ao presidente da República prerrogativas absolutas, o eleva ao status de líder absoluto e eterno, permite a reprodução do regime e não garante, assim como a Constituição atual, a separação dos poderes", completa o texto.

"Os LCC pedem ao povo que rejeite e boicote o pretendido referendo e insista na realização dos objetivos de nossa revolução, de fazer cair este regime", acrescenta, a respeito do presidente Bashar al-Assad.

"O regime brinca com a vontade dos sírios porque não existem as condições necessárias para a convocação do referendo. Aqueles que elaboraram o projeto não são legítimos", conclui o texto, em uma referência ao regime de Assad e à repressão contra a revuelta que dura 11 meses.

Assad anunciou na quarta-feira um referendo para 26 de fevereiro sobre uma nova Constituição, com base no pluralismo e suprimindo qualquer referência ao partido Baath, que governa a Síria há quase 50 anos

O fim da supremacia do Baath era uma exigência da oposição, que também deseja a renúncia de Assad.

Segundo o novo texto, o presidente ainda terá a prerrogativa de nomear o primeiro-ministro e membros do governo. A oposição exige que o posto seja ocupado por uma pessoa da maioria parlamentar.

No campo diplomático, a China anunciou nesta quarta-feira que enviará o vice-ministro das Relações Exteriores, Zhai Jun, à Síria.

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"Outorga ao presidente da República prerrogativas absolutas, o eleva ao status de líder absoluto e eterno, permite a reprodução do regime e não garante, assim como a Constituição atual, a separação dos poderes", completa o texto.

"Os LCC pedem ao povo que rejeite e boicote o pretendido referendo e insista na realização dos objetivos de nossa revolução, de fazer cair este regime", acrescenta, a respeito do presidente Bashar al-Assad.

"O regime brinca com a vontade dos sírios porque não existem as condições necessárias para a convocação do referendo. Aqueles que elaboraram o projeto não são legítimos", conclui o texto, em uma referência ao regime de Assad e à repressão contra a revuelta que dura 11 meses.

Assad anunciou na quarta-feira um referendo para 26 de fevereiro sobre uma nova Constituição, com base no pluralismo e suprimindo qualquer referência ao partido Baath, que governa a Síria há quase 50 anos

O fim da supremacia do Baath era uma exigência da oposição, que também deseja a renúncia de Assad.

Segundo o novo texto, o presidente ainda terá a prerrogativa de nomear o primeiro-ministro e membros do governo. A oposição exige que o posto seja ocupado por uma pessoa da maioria parlamentar.

No campo diplomático, a China anunciou nesta quarta-feira que enviará o vice-ministro das Relações Exteriores, Zhai Jun, à Síria.

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