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Oposição síria anuncia possível reunião na Arábia Saudita

Líder da principal coalizão opositora no exílio confirmou que esta reunião está sendo planejada

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2015 às 13h59.

Genebra - A Arábia Saudita vai procurar reunir em meados de junho diferentes grupos de oposição sírios não jihadistas para preparar o futuro político do país quando Bashar al-Assad deixar o poder, disseram à AFP opositores ao presidente da Síria.

"Os dirigentes sauditas planejam reunir em meados de junho, antes do início do Ramadã, a totalidade ou a grande maioria dos opositores políticos e militares para preparar a era pós-Assad", afirmou Haytham Manna, um veterano dirigente opositor.

Por sua vez, um líder da principal coalizão opositora no exílio confirmou que esta reunião está sendo planejada. "A data ainda não foi confirmada, mas sem dúvida irá ocorrer. Estava prevista para maio, mas os sauditas adiaram a data", declarou, pedindo o anonimato.

A chancelaria saudita disse à AFP que não tinha informação sobre este tema.

O mediador da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, havia anunciado na terça-feira uma série de consultas com os protagonistas do conflito sírio para tentar relançar as negociações de paz no país, devastado pela guerra.

O mediador das Nações Unidas destacou a urgência da situação, considerando que o conflito sírio é "a tragédia humanitária mais grave desde a Segunda Guerra Mundial em termos de impacto regional".

O enviado especial da ONU lembrou que nas próximas semanas deve se reunir, além dos representantes do governo sírio, com os mais de 40 grupos de oposição sírios e com vinte atores regionais e internacionais.

Além de cinco membros do Conselho de Segurança, foram convidados países da região com influência nos grupos envolvidos no conflito. Neste sentido, o Irã, que foi excluído das duas conferências internacionais sobre a Síria organizadas pela ONU em 2012 e 2014, será convidado a participar nesta ocasião, assim como Turquia e Arábia Saudita.

De Mistura ressaltou que os grupos considerados terroristas pela ONU, como a organização Estado Islâmico ou a Frente al-Nosra, não foram convidados a Genebra.

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