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Oposição venezuelana culpa país e Cuba por recusa a paz

Com o resultado das urnas "não se perde a paz na Colômbia, se perde uma maneira de impor um determinado conceito de paz", garantiu o secretário-executivo da MUD


	Acordo de paz: de acordo com a opinião do porta-voz da principal aliança contra Chavez foi "derrotado o projeto castro-chavista"
 (John Vizcaino / Reuters)

Acordo de paz: de acordo com a opinião do porta-voz da principal aliança contra Chavez foi "derrotado o projeto castro-chavista" (John Vizcaino / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2016 às 14h05.

Caracas - Vários líderes opositores venezuelanos culparam nesta segunda-feira os governos de Cuba e da Venezuela pela derrota do "sim" no referendo realizado no domingo para tornar válido o acordo de paz assinado entre o governo da Colômbia e as Farc.

Com o resultado das urnas "não se perde a paz na Colômbia, se perde uma maneira de impor um determinado conceito de paz", garantiu em seu programa na emissora local RCR o secretário-executivo da Mesa da Unidade Democrática (MUD), Jesús Torrealba.

De acordo com a opinião do porta-voz da principal aliança contra Chavez foi "derrotado o projeto castro-chavista", como se referem alguns opositores à ideologia dos governos do ex-presidente cubano Fidel Castro, e do falecido presidente venezuelano Hugo Chávez (1999-2013).

Torrealba considerou "indubitável" o envolvimento destes países nos quatro anos de negociações entre o governo colombiano e a guerrilha, nas quais Cuba e Venezuela atuaram como fiadores e acompanhantes.

Se o "sim" tivesse ganho, "hoje haveria caviar e champanhe em Caracas e em Havana", afirmou o opositor venezuelano.

"Esta derrota se soma ao que ocorreu no Brasil, à defenestração de Dilma (Rousseff), ao que aconteceu na Argentina, ao que ocorreu com Evo Morales no referendo boliviano, à decisão de (Rafael) Correa de não tentar a reeleição, eles estão se retirando", disse.

Por sua vez, o presidente do parlamento venezuelano, o também opositor Henry Ramos Allup, afirmou que "os colombianos não rejeitaram a paz, mas o texto do acordo proposto pelo governo de (Juan Manuel) Santos e os porta-vozes da Farc".

Em uma série de mensagens na rede social Twitter, o líder recomendou que sejam retomadas as conversas entre o governo colombiano e "a guerrilha" e que para isso devem "excluir os cubanos do processo".

"Definitivamente: o que o regime cubano toca apodrece. Raúl Castro, Santos e a guerrilha narcoterrorista são os grandes derrotados", afirmou.

Além disso, o ex-candidato presidencial do país caribenho Henrique Capriles considerou na mesma rede social que "ontem não perdeu a PAZ na Colômbia. O povo decidiu que o acordo deve ser revisado. 

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