Oposição cubana fala com Jimmy Carter sobre direitos humanos
No último dia de visita do ex-presidente dos EUA à ilha, dissidentes expuseram situação
Da Redação
Publicado em 30 de março de 2011 às 11h54.
Havana - O ex-presidente americano Jimmy Carter manteve nesta quarta-feira em Havana reuniões com vários dissidentes cubanos que lhe expuseram impressões sobre a situação dos direitos humanos e das liberdades na ilha governada pelo general Raúl Castro, explicaram opositores.
A blogueira Yoani Sánchez e os dissidentes Oswaldo Payá e Elizardo Sánchez, entre outros, foram os primeiros a se encontrar com Carter, no terceiro e último dia da visita do ex-presidente a Cuba, que recebeu depois ex-prisioneiros políticos da Primavera Negra de 2003 e as Damas de Branco, familiares deste grupo.
Ao final do primeiro encontro, Yoani Sánchez - que recebeu inúmeros prêmios internacionais por seu blog "geração Y" - explicou a jornalistas que expôs a Jimmy Carter a necessidade de liberdade de expressão e livre acesso a internet para os cubanos, em um encontro que qualificou de "breve, formal e afetuoso".
Já Osvaldo Payá, prêmio Sakharov 2002 do Parlamento Europeu e promotor do "Projeto Varela", comentou que Jimmy Carter se interessou pela realidade cubana no encontro.
Payá afirmou ao ex-presidente americano que a alternativa para Cuba são direitos para todos e eleições livres e não a plenária de um partido que não permite a existência de outras legendas, em referência ao VI Congresso do Partido Comunista cubano, que será realizado entre 16 e 19 de abril.
Também participou do encontro com Carter o líder da Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN, na sigla em espanhol), Elizardo Sánchez, que destacou que a visita do ex-presidente democrata a Cuba evidência sua "coerência ética e seu compromisso irrenunciável com os direitos humanos".
O porta-voz da CCDHRN disse esperar que a visita sirva para avançar no caminho da normalização da relação bilateral com os Estados Unidos, embora Sánchez acredite que o obstáculo para isso é o próprio regime cubano.
Todos os dissidentes coincidiram em declarar que o encontro com Carter foi privado e que foi solicitada discrição sobre o conteúdo do mesmo.
Após essa primeira reunião, Carter manteve outra com as Damas de Branco e com ex-presos do Grupo dos 75 (dissidentes condenados na Primavera Negra de 2003) que foram libertados recentemente dentro do processo aberto em julho do ano passado, com mediação da Igreja Católica.
Jimmy Carter, de 86 anos, chegou a Cuba na segunda-feira para uma visita de três dias a convite do presidente Raúl Castro, com quem se reuniu nesta terça-feira.
Desse encontro, vazou a informação de que o general Castro afirmou que Cuba está disposta a dialogar com os EUA, mas em termos de igualdade, sem condicionamentos e com o respeito absoluto à soberania e independência da ilha.
Havana - O ex-presidente americano Jimmy Carter manteve nesta quarta-feira em Havana reuniões com vários dissidentes cubanos que lhe expuseram impressões sobre a situação dos direitos humanos e das liberdades na ilha governada pelo general Raúl Castro, explicaram opositores.
A blogueira Yoani Sánchez e os dissidentes Oswaldo Payá e Elizardo Sánchez, entre outros, foram os primeiros a se encontrar com Carter, no terceiro e último dia da visita do ex-presidente a Cuba, que recebeu depois ex-prisioneiros políticos da Primavera Negra de 2003 e as Damas de Branco, familiares deste grupo.
Ao final do primeiro encontro, Yoani Sánchez - que recebeu inúmeros prêmios internacionais por seu blog "geração Y" - explicou a jornalistas que expôs a Jimmy Carter a necessidade de liberdade de expressão e livre acesso a internet para os cubanos, em um encontro que qualificou de "breve, formal e afetuoso".
Já Osvaldo Payá, prêmio Sakharov 2002 do Parlamento Europeu e promotor do "Projeto Varela", comentou que Jimmy Carter se interessou pela realidade cubana no encontro.
Payá afirmou ao ex-presidente americano que a alternativa para Cuba são direitos para todos e eleições livres e não a plenária de um partido que não permite a existência de outras legendas, em referência ao VI Congresso do Partido Comunista cubano, que será realizado entre 16 e 19 de abril.
Também participou do encontro com Carter o líder da Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN, na sigla em espanhol), Elizardo Sánchez, que destacou que a visita do ex-presidente democrata a Cuba evidência sua "coerência ética e seu compromisso irrenunciável com os direitos humanos".
O porta-voz da CCDHRN disse esperar que a visita sirva para avançar no caminho da normalização da relação bilateral com os Estados Unidos, embora Sánchez acredite que o obstáculo para isso é o próprio regime cubano.
Todos os dissidentes coincidiram em declarar que o encontro com Carter foi privado e que foi solicitada discrição sobre o conteúdo do mesmo.
Após essa primeira reunião, Carter manteve outra com as Damas de Branco e com ex-presos do Grupo dos 75 (dissidentes condenados na Primavera Negra de 2003) que foram libertados recentemente dentro do processo aberto em julho do ano passado, com mediação da Igreja Católica.
Jimmy Carter, de 86 anos, chegou a Cuba na segunda-feira para uma visita de três dias a convite do presidente Raúl Castro, com quem se reuniu nesta terça-feira.
Desse encontro, vazou a informação de que o general Castro afirmou que Cuba está disposta a dialogar com os EUA, mas em termos de igualdade, sem condicionamentos e com o respeito absoluto à soberania e independência da ilha.