Oposição acredita que Reino Unido aprendeu lições do Iraque
Líder da oposição britânica disse que rejeição ao plano do governo para intervenção militar na Síria mostra que país "aprendeu as lições do Iraque"
Da Redação
Publicado em 30 de agosto de 2013 às 10h57.
Londres - O líder da oposição no Reino Unido , Ed Miliband, afirmou nesta sexta-feira que a rejeição do Parlamento ao plano do governo para uma intervenção militar na Síria mostra que o Reino Unido "aprendeu as lições do Iraque".
"Acho que esta votação envia ao mundo a mensagem que o Reino Unido aprendeu as lições do passado, aprendeu as lições do Iraque", afirmou Miliband à rede "BBC".
O líder trabalhista disse que o primeiro-ministro, David Cameron, deve "encontrar outras formas" de pressionar o regime de Bashar al-Assad e pediu ao Executivo que não "lave as mãos" em relação ao conflito sírio.
"Há outros caminhos além do militar para ajudar as pessoas na Síria", afirmou Miliband, enquanto o ministro da Economia, George Osborne, sustentou que a derrota parlamentar obrigará Londres a fazer uma "análise de consciência" sobre o seu papel no cenário internacional.
Para Miliband, "nos próximos dias o primeiro-ministro e o governo devem se concentrar em trabalhar com os aliados para encontrar formas de pressionar o presidente Assad", que supostamente ordenou a utilização de armamento químico contra a população no dia 21 de agosto.
Osborne, por outro lado, assinalou que entende o "profundo ceticismo que se estendeu entre muitos colegas no Parlamento e muitos cidadãos sobre o envolvimento do Reino Unido na Síria".
"Espero que isso não signifique um ponto de inflexão no qual vamos dar as costas para os problemas do mundo", afirmou o ministro da Economia.
"Acho que haverá uma análise da consciência nacional sobre o nosso papel no mundo e se o Reino Unido quer ter uma atuação de destaque na defesa do sistema internacional", afirmou Osborne à emissora "BBC Radio 4".
O Parlamento britânico rejeitou ontem pela pequena margem de 13 votos uma moção do governo que propunha um ataque militar contra a Síria, "legal e proporcional".
Após a votação, o ministro da Defesa, Philip Hammond, confirmou que o governo vai respeitar a decisão o Parlamento e não vai ser parte de uma eventual intervenção internacional na Síria.
Apesar da derrota parlamentar, Osborne defendeu a decisão de se convocar com urgência o Parlamento para debater o papel do Reino Unido no conflito.
"David Cameron é, eu acho, o primeiro chefe do governo que foi à Câmara dos Comuns para pedir consentimento para um tipo de ação militar limitada como esta. Muitos primeiros-ministros anteriores não o fizeram", afirmou Osborne.
"Constitucionalmente não tinha que fazê-lo, mas o fez. Isso reflete, em parte, o mundo no qual vivemos depois do Iraque, essa é a realidade política, mas também reflete a profunda convicção de David Cameron sobre a importância do Parlamento", afirmou o ministro da Economia.
Londres - O líder da oposição no Reino Unido , Ed Miliband, afirmou nesta sexta-feira que a rejeição do Parlamento ao plano do governo para uma intervenção militar na Síria mostra que o Reino Unido "aprendeu as lições do Iraque".
"Acho que esta votação envia ao mundo a mensagem que o Reino Unido aprendeu as lições do passado, aprendeu as lições do Iraque", afirmou Miliband à rede "BBC".
O líder trabalhista disse que o primeiro-ministro, David Cameron, deve "encontrar outras formas" de pressionar o regime de Bashar al-Assad e pediu ao Executivo que não "lave as mãos" em relação ao conflito sírio.
"Há outros caminhos além do militar para ajudar as pessoas na Síria", afirmou Miliband, enquanto o ministro da Economia, George Osborne, sustentou que a derrota parlamentar obrigará Londres a fazer uma "análise de consciência" sobre o seu papel no cenário internacional.
Para Miliband, "nos próximos dias o primeiro-ministro e o governo devem se concentrar em trabalhar com os aliados para encontrar formas de pressionar o presidente Assad", que supostamente ordenou a utilização de armamento químico contra a população no dia 21 de agosto.
Osborne, por outro lado, assinalou que entende o "profundo ceticismo que se estendeu entre muitos colegas no Parlamento e muitos cidadãos sobre o envolvimento do Reino Unido na Síria".
"Espero que isso não signifique um ponto de inflexão no qual vamos dar as costas para os problemas do mundo", afirmou o ministro da Economia.
"Acho que haverá uma análise da consciência nacional sobre o nosso papel no mundo e se o Reino Unido quer ter uma atuação de destaque na defesa do sistema internacional", afirmou Osborne à emissora "BBC Radio 4".
O Parlamento britânico rejeitou ontem pela pequena margem de 13 votos uma moção do governo que propunha um ataque militar contra a Síria, "legal e proporcional".
Após a votação, o ministro da Defesa, Philip Hammond, confirmou que o governo vai respeitar a decisão o Parlamento e não vai ser parte de uma eventual intervenção internacional na Síria.
Apesar da derrota parlamentar, Osborne defendeu a decisão de se convocar com urgência o Parlamento para debater o papel do Reino Unido no conflito.
"David Cameron é, eu acho, o primeiro chefe do governo que foi à Câmara dos Comuns para pedir consentimento para um tipo de ação militar limitada como esta. Muitos primeiros-ministros anteriores não o fizeram", afirmou Osborne.
"Constitucionalmente não tinha que fazê-lo, mas o fez. Isso reflete, em parte, o mundo no qual vivemos depois do Iraque, essa é a realidade política, mas também reflete a profunda convicção de David Cameron sobre a importância do Parlamento", afirmou o ministro da Economia.